02 de junho | 2024
Fazer politicagem com a Saúde é construir o caminho do caos
“Claro, com uma Saúde caótica e desorganizada, sem planejamento adequado e comandada por políticos e não especialistas em Saúde, Olímpia só poderia figurar entre as piores de sua região do Estado, principalmente no quesito morte pela doença”.
JOSÉ ANTÔNIO ARANTES
A cidade de Olímpia enfrenta um desafio crítico com o alarmante aumento de mortes por dengue nos primeiros cinco meses de 2024. É preciso que a comunidade passe a refletir e agir diante desta situação emergencial.
Em 2024, Olímpia registrou quatro mortes por dengue, um número que já supera o total de óbitos dos últimos quatro anos combinados. A quarta vítima, um idoso de 80 anos com comorbidades, estava internado na Santa Casa de Barretos e faleceu no dia 30 de abril.
Este triste caso se soma às mortes de uma senhora de 86 anos, uma mulher de 48 anos e um homem de 59 anos, todas ocorridas este ano. Estes dados não são apenas números; são vidas perdidas, famílias enlutadas e uma comunidade em choque.
CASOS DE OLÍMPIA SINALIZAM PARA UMA RESPOSTA URGENTE E EFICAZ
A dengue é uma doença conhecida e, lamentavelmente, recorrente em nosso país. Contudo, a frequência e a gravidade dos casos em Olímpia destacam a necessidade de uma resposta urgente e eficaz.
Em comparação, em 2022, houve apenas um óbito registrado, de um paciente de 46 anos com comorbidades. Em 2023, ocorreram dois óbitos, sendo um por dengue hemorrágica. No total, foram três mortes nos últimos quatro anos, enquanto em 2024, em apenas cinco meses, já temos quatro vítimas fatais.
Este cenário desolador coloca Olímpia como a segunda cidade da região Noroeste do Estado de São Paulo em número de óbitos por dengue, empatada com Catanduva e atrás apenas de Votuporanga, que registrou sete mortes. Na microrregião, cidades como Severínia e Cajobitambém registraram óbitos, mostrando que a crise não é isolada.
NUMEROS SÃO PREOCUPANTES. SAÚDE LOCAL NÃO ANDA BEM
Os números de casos confirmados são igualmente preocupantes. Olímpia recebeu 6.826 notificações de dengue até agora, com 2.651 casos confirmados, 2.786 descartados e 1.389 ainda aguardando resultado. Estes números refletem não apenas a propagação rápida do vírus, mas também a vulnerabilidade da população e a insuficiência das medidas preventivas adotadas até agora.
Não há como contestar. Os números falam por si mesmo. A Saúde local não anda bem. E a irresponsabilidade de um prefeito que parece não conseguir enxergar um palmo além do próprio nariz, ao que tudo indica, constrói suas sequelas que serão sentidas pelos mais de 50 mil abandonados cidadãosolimpienses, que viram sua cidade administrada para atender os interesses de uma pequena elite econômica que acompanhou inerte o sugar das energias de uma população escravizada.
MEDIDAS PREVENTIVAS SÃO CONHECIDAS
Mas, é preciso convir que o combate à dengue não é responsabilidade exclusiva das autoridades de saúde; é um esforço coletivo que exige a participação ativa de todos os cidadãos, principalmente quando o Estado é falho na parte que lhe cabe.
As medidas preventivas são bem conhecidas: eliminar focos de água parada, manter quintais e terrenos limpos, e utilizar repelentes são ações simples, mas eficazes. Contudo, a execução dessas medidas em uma escala ampla é o verdadeiro desafio.
AÇÕES TÊM QUE SER CONTÍNUAS E INTENSAS
As autoridades municipais têm a responsabilidade de coordenar ações, fiscalizar áreas de risco e promover campanhas de conscientização (o que, com certeza, não ocorreu a contento). É crucial que estas ações sejam contínuas e intensificadas, especialmente em períodos de maior incidência do mosquito Aedes aegypti.
EDUCAÇÃO É A ARMA MAIS PODEROSA
A educação é uma das armas mais poderosas na luta contra a dengue. As escolas, empresas, associações de bairro e outros grupos comunitários devem ser envolvidos em campanhas educativas que expliquem não apenas como prevenir a proliferação do mosquito, mas também como reconhecer os sintomas da dengue e quando procurar ajuda médica. A informação salva vidas, e quanto mais pessoas souberem como se proteger, menos casos serão registrados.
As instituições de saúde, tanto públicas quanto privadas, desempenham um papel crucial na resposta à dengue. A detecção precoce dos casos, o tratamento adequado e a notificação rápida às autoridades de saúde são fundamentais para controlar a propagação do vírus. Além disso, a preparação das unidades de saúde para lidar com surtos, incluindo o treinamento de profissionais e a disponibilidade de recursos, é essencial para uma resposta eficaz.
SAÚDE CAÓTICA E DESORGANIZADA
Claro, com uma Saúde caótica e desorganizada, sem planejamento adequado e comandada por políticos e não especialistas em Saúde, Olímpia só poderia figurar entre as piores de sua região do Estado, principalmente no quesito morte pela doença.
É inconcebível subestimar a capacidade devastadora da dengue. A luta contra a dengue é contínua e exige vigilância constante. Que este momento de tristeza e reflexão nos motive a adotar práticas mais seguras, a nos engajar em ações comunitárias e, principalmente,exigir das autoridades medidas eficazes e sustentáveis.
Não podemos esperar que o governo atual cumpra sua parte após sete anos de compromisso com a elite econômica. Portanto, é preciso que a população se junte para que possa vencer a batalha contra a dengue e proteger famílias, amigos e vizinhos.
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