24 de junho | 2012

Eleições e indefinições

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Do Conselho Editorial
Por enquanto, tudo indica que apenas as candidaturas do prefeito Eugênio José e do seu vice Gustavo Pimenta podem ser tidas como certas para a disputa do próximo pleito, lançadas que foram pelos meios de comunicação.

A oposição ainda continua com sua dança de números e não acena com que quadro irá disputar a próxima eleição.

Estão no páreo com maiores chances de chegar lá, na condição de candidatos, Helena de Souza Pereira e João Magalhães, enquanto corre por fora a pré-candidatura de Bira da Ki-Box.

A pré-candidatura de Bira da Ki-Box, pelo que se depreende dos comentários de bastidores, não conseguiu alçar vôo e conta com a resistência do próprio partido para se solidificar.

E, estranhamente, Bira da Ki-Box faz parte do pacote de candidaturas defendidas pelo vereador Hilário Juliano Ruiz, que defendia ao mesmo tempo a candidatura de Walter Gonzalis, que desistiu da disputa motivado por motivos de ordem pessoal.

Sobra agora, caso seja alijado da disputa, mais esta batata quente nas mãos do vereador petista Hilário para justificar.

Magalhães assegura que será candidato independente das condições que estejam colocadas, segue na mesma trilha Helena de Souza, já Bira da Ki-Box aposta no resultado das pesquisas considerando que elas definirão a melhor candidatura para se posicionar contra a situação.

Entre os três tudo indica que há apenas um consenso: nenhum deles aceita compor a chapa do outro na condição de vice, o que poderia sinalizar que nenhum deles dá crédito as políticas públicas que o partidário da oposição poderia implantar se eleito.

Ou, pior ainda, passa a sensação de que ou os três candidatos que sobraram na oposição crêem piamente na sua eleição e desconfiam com todas as forças na incapacidade que o outro possa ter para o enfrentamento nas urnas e, portanto não querem participar do que entendem será uma derrota anunciada.

Com a possibilidade desta visão de que cada um possa ser melhor do que o outro diante dos olhos do eleitorado, as oposições vão vagarosamente se diluindo em conflitos silenciosos, cada um tentando a sua moda convencer os partidos que os cercam de que suas chances são melhores que a dos outros.

Para isto, se escoram em pesquisas que maioria das vezes demonstram muito mais uma clara manipulação a favor das intenções de quem as contratou do que o quadro político mais próximo da realidade.

Chega a ser absurdo o que se ouve em relação as pesquisas. Se ouve falar de pesquisas que dão mais de oitenta por cento de rejeição do mandatário e outras que dão apenas três por cento.

Nas conversas a respeito da aceitação do que está no poder nas rodas dos conhecedores de política os mesmos disparates são cometidos, dando aos situacionistas desde confortável margem até inexpressivos números que não o viabilizariam para ser candidato a vereador.

O mesmo ocorre no bloco de oposição, que antes trabalhava dependendo, que há isto, do desejo pessoal de cada um, há quem conferia anêmicos doze por cento a candidatura de Walter Gonzalis e quem chegasse a mais de trinta por cento.

Já os candidatos Helena e Magalhães, que são os mais discutidos pela oposição antes da retirada da candidatura Gonzalis, demonstravam fragilidades nos números apontados pela oposição, sendo que os simpáticos a Magalhães buscavam jogar pra baixo a candidatura de Helena, acenando com números que não a habilitavam para a disputa.

No entanto, mesmo discutindo e divulgando nas rodas políticas estes números inexpressivos, acenavam para a possibilidade de que a mesma assumisse a condição de vice, caso não deslanchasse nas pesquisas.

A candidatura de Bira da Ki-Box foi, segundo comentários, e aqui não há dados para se afirmar isto, e não se está afirmando nada neste editorial, a não ser o que se fala por ai, era entre as três a que detinha a menor aceitação nas pesquisas que não se teve acesso.

Tudo o que foi dito, no entanto, não teve por escopo diminuir nem elevar a candidatura de ninguém, este editorial até o presente momento discutiu apenas a falta de seriedade como os políticos trataram até agora os números de pesquisas que ninguém viu e que não foram registradas em cartórios, portanto, sem nenhuma validade.

O gancho é tão somente para ilustrar com a realidade o que se está discutindo e alertar os candidatos de oposição para um detalhe marcante que poderá mudar suas intenções eleitorais, se elas de fato existirem.

O editor deste jornal e seu assessor direto se posicionaram enquanto candidatos a prefeito e a vice quando Luiz Fernando Carneiro venceu José Fernando Rizzati e se falava para convencer aos dois que a pesquisa feita em relação as candidaturas tinha dado traço em relação a candidatura do editor e do seu assessor.

Foram feitas cargas e pressões para a retirada da candidatura, mas mostrar a pesquisa que é bom nada.

O editor do jornal e seu assessor que não tem vaidades e não temem perder por entenderem que tudo traz uma nova lição e um novo entendimento sobre o mundo, não se intimidaram diante da possível derrota e mantiveram suas candidaturas.

Até que, para surpresa de um e de outro, para convencê-los de que prejudicariam a possível eleição da oposição que já naquela época gritava por candidatura única, mostraram a tal pesquisa.

A realidade era bem outra, a pesquisa mostrava o editor e seu assessor com quase quinze por cento das intenções de voto, ela existe, se encontra a disposição de quem desejar ver, e foi contratada pelo PMDB.

Retirada a candidatura para não permitir que o ditador José Rizzati se mantivesse no poder foi possibilitada a vitória do Marechal e depois do General, em favor do bem maior se elegeu um mal bem maior ainda.

E se tirou uma lição que ora se transmite aos candidatos, não creiam em pesquisas a não ser as encomendadas por vocês, que aponte aceitação e rejeição de suas candidaturas.

Feita e concluída a pesquisa, se entender se deve ou não ser candidato coloque os blocos na rua e vá na busca dos votos, quem decide eleição é o voto do eleitor e não pesquisa.

E se for como o editor deste jornal e seu assessor, não acreditem em ninguém que queira provar que você é menos, prove que você é mais e que entende que não existem derrotados nem vencedores neste páreo, existem sim, bons ou maus governos.

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