26 de fevereiro | 2023

… E Por Falar Em…Orlando Brasileira

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A. Baiochi Netto

A semelhança entre a Olímpia dos parques aquáticos e a metrópole turística Orlando, dos Estados Unidos, que de vez em quando é aludida ou comentada por algum órgão da imprensa, deve ser entendida apenas como uma referência ao fluxo de turistas que demandam a cada uma dessas cidades. No caso de Olímpia fundamentam tais equiparações os milhões de visitantes que os parques locais recebem anualmente e que assim deve continuar nos próximos anos. A última dessas referências encontramos na “Folha de São Paulo, conforme matéria publicada em sua edição de 4 de fevereiro, de título ”Olímpia, a Orlando Brasileira Registra Recorde de Turistas”, que chegou a suscitar reações negativas de alguns poucos leitores.

Reações que podem ter ocorrido em virtude dos parques de entretenimento de Orlando contarem com tecnologias mais avançadas e que criam uma beleza feérica tida como deslumbrante.

Além do mais, há quem avalie, a cidade de Orlando também impressiona quanto a seu aspecto urbano, tratando-se de uma cidade bem edificada, harmoniosa, asseada e organizada em todos seus setores e serviços, proporcionando o bem estar coletivo.

No que se refere à estrutura dos parques aquáticos é de se reconhecer as dificuldades enfrentadas pelos parques locais para atingir e para se equiparar à alta tecnologia existente em Orlando. Mas é de se admitir também, que nossos parques continuarão a evoluir e a crescer dentro das possibilidades que lhes são oferecidas, contribuindo para manter e até fazer aumentar o fluxo de turistas que a cidade vem recebendo atualmente, ficando mantida, no item visitantes, a semelhança com Orlando.

Mais difícil para Olímpia será atingir o padrão urbano de Orlando. Devemos ser sinceros: em seu aspecto urbano Olímpia não corresponde sequer à sua posição de sede de distrito regional do turismo, no estado. Em nossa cidade, em plena área urbana, inclusive na área central, se depara facilmente com terrenos sujos, tomados pelo matagal e em estado de abandono. E até com terrenos cercados com arame farpado na sua parte frontal com as vias públicas. Com calçadas esburacadas, desniveladas, tomadas pelo mato, criando situações de risco para quem por elas transita. Ou com a falta absoluta de calçadas, inclusive em vias de trânsito mais intenso. Longe muito longe, de ser equiparada a Orlando.

Não se há de dizer que a situação lamentável acima exposta seria culpa da atual administração. Nada disso. Essa situação vem sendo agravada através das últimas administrações, que se revelaram indiferentes e apáticas, chegando-se à deprimente situação atual. O que não exime, porém, a atual gestão do dever de enfrentar essa situação, dando solução a tais anomalias urbanas. Afinal, não há exemplo melhor do que Orlando, tão referenciada, para figurar como exemplo ideal a ser seguido por nossos governantes.

Alfredo Baiochi Netto é advogado especialista em Direito Administrativo e Direito Tributário pela PUC – São Paulo. Consultor em Direito Público e em especial nas áreas do Direito Orçamentário e Lei de Responsabilidade Fiscal, autor de trabalhos técnicos para o CEPAM e APM/SAREM.

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