A.Baiochi Netto

Dizem que dentro de sessenta dias será divulgado o resultado oficial do recenseamento iniciado em 2022.

Conforme os dados preliminares divulgados em dezembro, Olímpia estaria com 56.037 habitantes, indicando um índice de crescimento levemente superior ao presumido índice médio de crescimento da população das cidades do interior.

Creio que no próximo relatório final do censo, Olímpia vai atingir ou beirar 60.000 habitantes. Assim penso porquê de acordo com os dados preliminares de dezembro de 2022, constava que 846 domicílios ainda não tinham sido recenseados, em razão da ausência dos moradores, e que em outros 447 domicílios os moradores se recusaram a dar informações.

Essas dificuldades foram enfrentadas também em outras cidades. Em alguns municípios, como por exemplo em Rio Preto, os Prefeitos criaram grupos de trabalho para auxiliarem na localização dos ausentes e no convencimento daqueles que se negavam a prestar informações ao censo. Não se sabe se em Olímpia o Executivo adotou essa medida.

Essa colaboração local com o IBGE se justifica uma vez que o número da população é levado em consideração e pode favorecer o município quanto à distribuição de recursos financeiros oficiais (FPM) e também quanto à liberação de verbas orçamentárias.

Em nosso caso, ao cálculo de 2,6 residentes por domicílio, a população de Olímpia estaria em torno de 60.000 habitantes. A se confirmarem esses dados, o crescimento local estará ligeiramente acima do chamado índice médio “vegetativo”. Recorda-se que de acordo com os dados preliminares de dezembro,não poucas cidades, incluindo Barretos, teriam uma redução na população.

Ainda de acordo com os dados preliminares, Olímpia continua a ser uma cidade pequena. Pequena e cercada por cidades maiores: Bebedouro (77.612 habitantes), Catanduva (122.407), Barretos (123.546) e Rio Preto (460.671).

A despeito dessa inferioridade, Olímpia se destaca das cidades mais próximas por ser possuidora de força propulsora própria (parques aquáticos e turismo), que gera sua sustentabilidade econômica e seu crescimento, situação para a qual também contribuem alguns empreendimentos locais potencialmente expressivos como, dentre outros, a sede de determinada rede varejista regional em expansão (Iquegami)e importante unidade da agroindústria de alta produtividade (Téreo). No município, a propósito, inexiste o desemprego.

Olímpia, portanto, deve continuar crescendo em termos econômicos por ter uma economia autossustentável. Fato que continuará favorecendo o crescimento da população acima dos índices vegetativos,decorrente, em parte, das pessoas que vêm de fora e que aqui se instalam buscando novas oportunidades.

Alfredo Baiochi Netto é advogado especialista em Direito Administrativo e Direito Tributário pela PUC – São Paulo. Consultor em Direito Público e em especial nas áreas do Direito Orçamentário e Lei de Responsabilidade Fiscal, autor de trabalhos técnicos para o CEPAM e APM/SAREM.