12 de julho | 2020

E o mundo depois do Coronavírus?

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“Por mais desmiolado ou estúpido que
seja, se sobreviver, falido ou
desempregado, em algum momento o
mundo vai te mostrar que mudou e se
mudou pra pior, seu comportamento
ridículo e anticientífico contribuiu
em muito para isto”.

 

Do Conselho Editorial

Se você é daquelas pessoas preocupadas com as respostas sobre indagaçõ­es como qual será o ru­mo terão determinados aspectos da vida pessoal e social quando ocorre algum fenômeno, melhor não perguntar o que será do mundo após o Coronavirus.

Se a preocupação for lú­dica, romântica, poética, humanista a resposta poderá ser das melhores, con­siderando o comportamento dos brasileiros diante da epidemia.

Que o mundo vai mudar vai, com certeza absoluta. Mesmo que não aceitem os “terraplanistas”, os “ne­gacionistas da ciência” e os que creem nas divindades para resolver todos os problemas da humanidade.

E se você, como muitos, continuar acreditando que a única certeza que se tem como absoluta para justificar sua falta de crença nas mudanças que virão, é que tudo voltará a ser como antes, prepare novas justificativas para o futuro, pois quando as transformações ocorrerem seu ego necessitará delas para justificar sua postura anterior. 

Muitos necessitam ser os donos de verdades absolutas mesmo quando as negam e no caso do mun­do pós-pandemia não há como não ocorrer movimentos diferentes daqueles praticados antes do Co­vid 19.

A bem da verdade, elas já estão ocorrendo e se in­sinuam no sistema vagarosamente, fincando ou firmando suas raízes em vários setores que vão da economia a política, passando pela vida privada do ser hu­mano pelo mundo afora.

Os governantes, empresários, industriários, co­mer­ciários, latifundiários, se ainda não perceberam, já passou da hora de aperceberem que o velho mundo ficou para trás e que u­ma nova torrente, abundante, em grande quantidade, irá jorrar sobre o planeta e quem não estiver preparado irá se afogar.

Diga-se de passagem, já se vislumbra pelas ruas sinais no comércio de que muitos ou irão se adaptar com inteligência, criativi­dade e capacidade para superar dificuldades ou serão soterrados pela pan­de­mia.

Compreende-se o desespero de alguns comerciantes que lutam e espernei­am para que seus comércios estejam abertos independente do aumento do número de mortes.

A queda do poder de a­qui­sição da população e o crescente nível de desemprego demonstrarão que o abraço dos afogados em muitos empresários já foi infelizmente dado, sobrando a eles apenas a triste opção de ir ao fundo.

O Brasil, ao contrário de muitos países, atuou na contramão do que indica a ciência para tratar do Covi­d 19 e sofrerá mais rigorosamente os efeitos em sua economia, como alguns países que adotaram esta forma arriscada de combate ao vírus.

Todos os países mudarão a forma de fazer política e de se relacionar com seus cidadãos; todos discutirão o uso da inteligência artificial e o quanto de desemprego irá causar.

Muitos, no entanto, por serem conservadores em demasia, por olharem apenas para o retrovisor, perderão o bonde da história e assim como engatinha­ram por séculos pela história e não aprenderam a levantar e andar pelas próprias pernas, continuarão de joelhos, entregues ao a­traso e a submissão.  

Ponderar que o mundo irá mudar, ou já começou a mudar, é refletir sobre o i­nevitável. Resta saber se vo­cê e o seu entorno estão se questionando sobre o que será do mundo depois do Coronavírus; ou se está apenas gritando para todos irem às ruas para salvar seu comércio da falência; ou se está doido para ir às baladas, pensando que a vida se resume a sexo, mú­sica sertaneja e bebida alcoólica.  

Por mais desmiolado ou estúpido que seja, se sobreviver, falido ou desempregado, em algum momento o mundo vai te mos­trar que mudou e se mudou pra pior seu comportamento ridículo e an­ticientífico contribuiu em muito para isto.

É preciso deixar aos que tiveram consciência de com­preender a gravidade da situação o direito de lamentar. Já você, com sua lamentável atitude que contribuiu para o agravamento da situação, até o direito de reclamar da vida piorada que virá, perdeu.

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