10 de novembro | 2019

Cunha um governo aos pedaços

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Do conselho Editorial
Por mais que tenha se esforçado no plano de marketing para demonstrar que seu governo diferia dos demais que passaram pela prefeitura de Olímpia, Cunha passa a história como apenas mais um que repete os mesmos erros.

Em que pese a disposição de marcar terreno pra se diferenciar das práticas condenáveis do governo de Eugênio José ou Luiz Fernando Carneiro, a prática é a mesma com poucas ou quase nenhuma diferenciação.

O fantasma de gabinete se assemelha ao escandaloso caso do funcionário fantasma da era de Carneiro que culminou em desgaste da imagem de caçador de fantasmas e foi alvo de investigação no Ministério Público.

A questão da decisão da justiça que determinava o afastamento dos contratados em cargos comissionados aproxima Cunha de Geninho com todas as letras e gestos.

Geninho à época fez uso da mesma prática que Cunha utilizou agora, nem sequer dispensou os comissionados listados na decisão judicial de forma real, apenas pelo Diário Oficial (exonerou e recontratou) e manteve os mesmos funcionários nos mesmos lugares mudando apenas a designação dos cargos.

Lógico que ambos contaram com a omissão e subserviência dos vereadores locais que endossaram esta abominável aberração de desrespeito à justiça e ao mínimo de respeito ao dinheiro público.

Cunha e os vereadores que endossaram o absurdo foram além do desdém e desrespeito a decisão judicial aprovando o aumento de salário em alguns casos.

Estas situações colocam Cunha e sua base de sustentação no que pode haver de pior e mais cínico na política brasileira, os que se elegem prometendo seriedade e comprometimento com a moralidade pública e no poder mostram a deficiência ética nas mínimas questões que se apresentam.

Os que têm memória sabem muito bem que a promessa de campanha era a diminuição do número de cargos comissionados, muitas vezes cabos eleitorais pagos a peso de ouro sem função alguma no serviço público.

Como são cabos eleitorais de luxo pagos pela população e muitos deles indicados por vereadores, há esta proteção por parte do chefe do executivo e apoio de grande parte dos vereadores que os indicam, assim ambas a partes participam da patifaria e mantêm seus cabos eleitorais que são úteis nas campanhas eleitorais e alguns, inúteis no serviço público.

Desta forma vai culminando Cunha num mandato medíocre contrariando a fala da moralização da coisa pública que parece ter enterrado assim que desceu do palanque

Começa a caminhar para o final a administração Cunha com a face das piores administrações que a cidade teve: apenas um governo aos pedaços.

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