DEPOIS DESTE …

… longo e tenebroso final de inverno, quase inferno, acometido por esta constipação (não intestinal, mas das vias aéreas) que teima em criar secreções que descem dos seios nasais até a garganta, levando à sensação de comprometimento das cordas vocais …

AÍ VOCÊS …

… podem imaginar o dilema para o maior fuxiqueiro da cidade (na largura e na altura), que agora também raciocina ao vivo pelas ondas da Rádio Cidade FM.

MAS O QUE TEM …

… a ver a voz com a escrita, que no presente caso se dá pelo dedilhar do teclado? É que o fuxiqueiro quando não consegue falar tem o cérebro embotado. É tanto pensamento represado que a mente fica doída. Para aliviar, tem que falar, tem que fuxicar … hohohohoh (leia como se fosse a risada do papai-noel).

MAS, DEIXANDO …

… a “brincadeirices” de lado, o caso tá ficando cada vez mais sério. Ao que parece tem gente morrendo sem necessidade, por falha de atendimento da saúde e não dá pra negar e nem para processar, pois o fato está ai, ganhou repercussão nacional.

COMO PODE …

… um menino de 10 anos morrer com uma simples torção no tornozelo? Claro que as desculpas dos discípulos de Hipócrates virão para dar ares de legalidade para os procedimentos realizados na verdadeira “via crucis” levada a efeito pela família do menino Pedro Henrique de Jesus que viveu um verdadeiro calvário que resultou na sua morte na terça-feira desta semana.

NÃO TEM JEITO …

… de jogar a culpa na família, como ocorreu com o caso da menina que morreu recentemente depois de andar quilômetros no colo da mãe a mendigar uma consulta ou tratamento digno nos postos de saúde e hospital da cidade.

DA MESMA …

… forma que a menina de dois anos, o garoto de 10 perdeu a vida de maneira estúpida, por falha, por erro, por demora no atendimento, ou seja lá o que for, que poderia ter sido evitado. Enfim, ele poderia ser salvo e não foi. Não dá para acreditar que uma simples torção no tornozelo não pudesse ter sito tratada a tempo de ter evitado as complicações que o levaram a morte.

PORTANTO, …

… alguém, ou algum sistema, regra, ou sabe-se lá o que, foi o culpado por tal morte. E, de qualquer forma, a responsabilidade, mesmo que seja “in eligendo ou in vigilando”, acaba resvalando pelo chefe, pelo que foi eleito para aplicar bem o dinheiro público, escolher bem os que irão cuidar da população e também vigiá-los, ou criar mecanismos para tal, que impossibilitem estas verdadeiras histórias de terror que têm acontecido ao longo de seu governo.

E AS FALHAS …

… gritantes no sistema de saúde local vêm sendo gritadas pela população há muito tempo. E muitas mortes já foram contabilizadas como suspeitas de que poderiam ter sido evitadas se o sistema fosse melhor.

NÃO DÁ PARA …

… alguém sentindo fortes dores ter que andar dezenas de quarteirões para ir até a UPA, já que muitos têm reclamado da falta de ambulâncias.

NÃO DÁ PARA …

… um doente esperar meses a fio pela realização de consultas de especialidades e mesmo exames sem que o estado do doente fique comprometido.

NÃO DÁ PARA …

… ficar sem os medicamentos prescritos pelos próprios poucos médicos da rede, se este falta na farmácia do sistema.

NÃO DÁ PARA FICAR …

… aguardando, sentindo dor por horas a fio, para ser atendido na UPA e, quando isso acontece, ter receitado uma analgesicozinho para tratar o efeito sem saber o que está causando a situação.

AI O SUJEITO …

… tem que voltar outras vezes até que dê a sorte de encontrar alguém competente que  se digne a tentar diagnosticar as causas de seu problema e não apenas combater os efeitos.

MAS O PIOR …

… é ter que ouvir o responsável pela UPA, o médico José Carlos Ferraz dizer que não são realizados exames por uma simples dor de cabeça.

ORA, GENTE, …

… com saúde não se brinca. Então, quer dizer que os inúmeros que reclamam de ter sua situação agravada por ter tido que voltar para casa com um simples analgésico tiveram que sofrer porque o governo só tenta diagnosticar o mal quando, como o caso do menino, já não tem mais jeito?

É LAMENTÁVEL …

… meus caros, mas aí fica escancarado que o sistema está falho e a certeza de que é correta a maior reclamação da população que é a de não se diagnosticar a causa, mas simplesmente cuidar do efeito, ou seja, dá um remedinho pra febre, ou um analgésico para tirar a dor e mandar de volta pra casa.

DENTRO DESTE …

… contexto, muitos devem estar passando por maus bocados e é por isso que mudou drasticamente o conceito que se via por aí a respeito da UPA.

NÃO HÁ …

… como negar que a UPA foi um dos pontos positivos que ajudaram a reeleger o prefeito Eugênio. Inclusive isto foi falado aqui com antecedência, antes de sua inauguração.

DEVE TER SIDO FEITA …

… muita propaganda, mesmo que de bastidores, pelos centenas de cabos eleitorais e seguidores de Eugênio, pois a UPA, no ano e na época da eleição era a coqueluche. Era só elogios. E agora se vê o porquê. É que poucos ainda haviam precisado de seus serviços fora do eixo dos puxa-sacos do prefeito.

AGORA, …

… mais de um ano depois de sua inauguração, deve ter muito poucos que não tenham alguém na família que não tenha ficado aguardando por horas a fio para ser atendido, ou mesmo que tenha sido medicado com um analgesicozinho e mandado de volta para casa para depois retornar com quadro mais agravado.

GENTE, …

… pode alegar o que quiser. Que o procedimento recomendado é esse, que o que está na lei é isso e o “escambau”, mas não é admissível que isso esteja acontecendo. É o fim da picada. Não dá para ficar calado diante de uma situação de terror como essa.

É SIMPLES: …

… você já sentiu dor e teve que ficar esperando por várias horas? Parece que cada minuto se transforma em séculos. E ficar doente e voltar pra casa sem saber o que você tem, mas apenas medicado com um analgesicozinho  ou um anti-inflamatório e depois descobrir que a coisa é mais grave e precisar tratar depois com os sintomas já apontando para situações mais graves, pois a doença já tomou conta? Se não experimentou estas situações, pergunta pra quem experimentou e depois responda se o seu dinheiro está sendo bem aplicado.

SEM CONTAR …

… o caso das consultas de especialidades, falta de remédios (a prefeitura nunca foi tão acionada na justiça como neste governo), e falta de atendimento propriamente dito.

SE A JUSTIÇA …

… dos homens tem mecanismos para ser driblada, a divina, pelo menos para quem crê, não tem. E mesmo a lei da ação e reação também está aí e, certamente, irá cobrar a fatura não só dos que contribuíram diretamente para o sofrimento de Pedro Henrique, mas principalmente daqueles que tinham a responsabilidade de não deixar que isto acontecesse… e aconteceu. Quantas vezes?

José Salamargo … a verdade sempre demora mas acaba destruindo o cenário fictício criado pela propaganda falseadora em nossas mentes, fazendo cair por terra qualquer um que queira se fazer passar por paladino sem o ser, apenas por acreditar sê-lo, sem merecer.