02 de março | 2015

Chuva faz estragos em Olímpia há muito tempo

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Do Conselho Editorial

Um cidadão comum, como tantos, vivido, experiente, cansado da repetição das tragédias pessoais que se abatem invariavelmente sobre as mesmas pessoas ou seus descendentes após cada chuva, desabafou que isto vergonhosamente acontece todos os anos em períodos de chuvas.

E foi além, passa ano e sai ano, entra prefeito e sai prefeito e a situação só se amplia, e explicou que há novos lugares na cidade atingidos pela chuva e pela incompetência pública.

Na sua simplicidade e vasta experiência trazida pelo vivido, foi demarcando as possibilidades que poderiam ter sido exploradas e não foram na solução destes problemas que o período de chuvas geralmente traz.

E quase todas elas remetiam à incompetência dos administradores e do departamento de obras da prefeitura local que parecem desconhecer a dimensão do problema e vão gastando somas vultosas há décadas sem que a situação calamitosa seja minimamente resolvida.

Soa absurdo que se gaste o tanto que se gasta para que a situação continue a mesma e em alguns casos se amplie.

É só chover que aqueles pontos onde inclusive foi anunciado com foguetes e discursos que teria enfim a obra do século e que os moradores se veriam livre de um transtorno imposto pela natureza expulsa pelo homem e pela incapacidade do administrador de apontar uma fórmula que aponte a solução para a questão surgida após a ocupação.

Os anos vão passando e toda vez que o céu aponta na direção de uma queda de chuva um pouco mais violenta os moradores descrentes da falação dos políticos já se preparam, parta vivenciar a tragédia de sempre que com certeza se repetirá, e maioria das vezes se repete.

Não foi diferente na última chuva, mesmo que o estrago tenha sido menor que os anteriores, o estrago houve, e não há como afirmar que a chuva tenha sido algo fora da normalidade, que tenha beirado a temporal.

Uma chuva um pouco mais intensa e mais rápida que a maioria e vários pontos deram mostras da total incapacidade da administração de solucionar de forma definitiva a situação de incomodo vivenciada pelos moradores dos pontos mais atingidos sempre.

Eugênio José caminha para o final de seu segundo mandato, há poucas esperanças que tenha preocupação sincera de resolver o que não resolveu ao longo de um mandato e meio, agora é deitar na rede e fingir que governa, o que fazia antes, sem deitar na rede.

O compasso é de contar horas e dias para deixar o gabinete a rumo inesperado, que pelo andar da carruagem dos últimos três governantes que ocuparam a sede da prefeitura, Moreira, Rizzati e Carneiro, se repetir a previsão, é buscar se defender de ações e fugir do fantasma da inelegibilidade que alcançou os outros três ocupantes do poder.

Espera-se que o próximo ocupante do palácio das luzes de ouro centre esforço nesta questão, que como bem afirmou o singular cidadão anônimo se arrasta por décadas, se gasta fortunas e continua como se nada tivesse sido feito.

Por mau planejamento, por falta de capacidade de compreensão da necessidade de avaliação mais profunda, de estudos mais detalhados, de sugestões que indiquem direções com maior possibilidade de sucesso, seja pelo que for, que esta falha seja enfim corrigida.

O que é inconcebível é que os moradores destes locais, pagadores de impostos, cidadãos contribuintes convivam com esta ideia de intranquilidade rondando seus dias, suas noites, tirando seu sossego por conta de algo que poderia ser domado se houvesse capacitação técnica por parte daqueles que enquanto representantes públicos são partes do problema, na outra ponta, a da indicação de solução, e que parecem não se esforçar para que isto ocorra, já que apontam sempre para a continuidade e não para o final desta tão conhecida crônica de uma morte anunciada que é a ideia de que chuva faz estragos em Olímpia há muito tempo.

 

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