01 de junho | 2014

Censor GPS de Geninho se despede?

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Do Conselho Editorial

O GPS encarregado de localizar e inibir manifestações contrárias ao governo autoritário de Eugênio, segundo comentários de bastidores, se despede de seus amigos e inimigos de trabalho.

Como sempre acontece nestes festivais de hipocrisia há os que como velhos crocodilos, aligátores envelhecidos de pântanos, choram copiosas lágrimas no ombro do que se vai, em abraço falsamente fraternal, enquanto engole e sorve as últimas energias negativas do retaliador de plantão, e pede que seja breve e sem traumas as últimas horas de convivência tolerante.

Pode até ser que alguns estejam sendo sinceros na hora do discurso que fala que vai deixar saudades, ou fez muito pela comunidade.

Enquanto outros, embalam internamente o discurso do já vai a tarde, a sociedade agradece e desculpe suportá-lo por tanto tempo.

A parte da mídia, aquela que não cisca no terreiro do truculento, que não depende da quirelinha jogada vez em quando com o objetivo de molhar o bico das penas de aluguel, não fará falta alguma, nem a outra, a corrompida, obrigada a conviver com os altos e baixos da falta de humor do estafeta do ditador.

Ao que tudo indica vai se embora sem deixar atrás de si rastros de saudade ou motivos de lembranças o que tolhia o direito a fala a pedido do autoritarismo do ditador de plantão.

Os que esboçam felicidade, por não ter noção da hierarquia de mando coronelista, imaginando que junto com o grande pequeno censor irá nas malas a censura, se enganam.

Censores são paus mandados, testas de ferro, os que fazem o serviço sujo para que a imagem do verdadeiro ditador fique intocável, apenas isto.

Se submetem ao ridículo papel de dizer não, para que se tenha a infeliz ideia de que o chefe é de uma bondade infinita, ou de se enfurecer mais que o chefe quando falam do chefe, e outras vezes muitas vezes perseguir e perseguir no lugar do chefe até que o opositor esgote suas forças.

Eles, os censores, embora andem em cima de saltos Luiz XV e passem a ideia de super poderosos, são infinitamente menores do que a ideia que vendem de si, são minúsculos seres, quase microscópicos que proliferam aos milhares no poder público, podendo ser substituídos as centenas em razão de minutos.

Embora muitos pensem que tem muita importância o censor e disputem o espaço por eles ocupado, eles mesmos só perceberão que não passavam de pequenas pulgas que dançavam em uma chapa quente no espetáculo circense, depois que cerram as cortinas e se encerra o espetáculo, e o anonimato cai sobre as noites dos seus dias futuros.

É triste perceber que a pulga que promove o espetáculo é para elas que os expectadores no circo voltam os olhos enquanto dura a apresentação, mas na hora dos aplausos e do reconhecimento, na hora da foto no jornal, quem aparece é o amestrador de pulgas.

Assim é e sempre foi a vida, vai se embora os pelos e ficam-se os vícios.

Há comentários no ar de que a cidade não terá mais o censor, o GPS, o que não permite que a liberdade respire, que as palavras sussurrem sobre direitos e cidadanias, a cidade nada perde, nem ganha.

Censores, como carrapatos estão colados ao pelo dos ditadores, um cai ao chão, milhares lutam pelo espaço deixado na cacunda do dono, a única coisa que muda, é que novos censores, no início das funções pretendem mostrar trabalho, ficar diabólico rapidamente, para que possa todo mundo continuar pensando que o patrão é um anjo.

 

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