08 de outubro | 2017
Câmara, de volta os festivais de baixaria
Do Conselho Editorial
Este jornal, em sua edição de 23 de setembro de 2017, no editorial intitulado “Câmara Municipal, baixarias na pauta”, previa que a possibilidade do retorno do festival de baixarias pelo qual a Câmara Municipal de Olímpia se notabilizava estaria retomando sua força de atuação.
Os bastidores, aliado ao rompimento de um vereador, que estava secretário, com o alcaide permitia vislumbrar que a tendência seria de retaliação e confronto.
Poderia se repetir aqui aquele editorial e perceberia o leitor que a bola de cristal chinesa continua fazendo previsões acertadas e dando indicação coerente nos apontamentos sobre o estado de empobrecimento da política local.
Quando editorial afirmava: “E, quando se retalia, enfim a verdade brota e o que sai das bocas é tão fétido quanto pode se permitir o esgoto imundo da política de baixo nível brasileira,” sabia que a bola de cristal, embora afirmando o óbvio, falava da ausência de virtudes morais nos que se calam diante de obscenidades e as expõe por conveniência, conferindo a elas possíveis contornos de ações fora da legalidade por conveniência.
Crimes, se crimes forem, serão desde seu nascedouro e cabe a quem é sério não conviver com eles ou só denunciá-los quando atingidos nos desejos pessoais de amordaçar o outro, ou na opinião contrária aos interesses expressados.
Avaliava o editorial: “Por trás, que sempre há os bastidores, se encontra quem, a peso de ouro, ou por insatisfação pessoal rebata com agressividade desmedida e sem ternura alguma as argumentações do magoado contra o “chefe de plantão,” até porque não se justifica que relações que até outro dia eram de confraternização e bajulação se encontrem em tão pouco tempo em situação tão vergonhosamente bélica.
Ao ponto de: “E aos poucos a informação vai brotando e chocando as almas mais sensíveis que imaginavam que estavam no paraíso das boas intenções, da fraternidade e do progresso.” Mostrando que os bastidores podem esconder muito mais que calmaria das nuvens, o fogo ardente do inferno, as chamas da vaidade e do vício.
Previa que: “A tendência é que o caos se amplie e novas baixarias venham se juntar a estas com mais ou menos gravidade e possivelmente a cidade terá que suportar mais escândalos e menos trabalho, como sempre.” Tudo indica que o inevitável se instalou e que dificilmente haverá retorno e a pacificação é coisa remota e impossível de se dar.
Alertava que: “Os episódios lá ocorridos desvendam situações no mínimo lamentáveis, para além das agressões, acusações gravíssimas que tendem a ser consideradas como verdadeiras e passíveis de investigação, feitas pelos adversários como se impunidade fosse a tônica nos dias de hoje.” Ao que tudo indica serão alvos de investigações, tanto pelo Legislativo, que só sai da inércia na hora que convocado pelas conveniências, e pelas autoridades, já que as discussões foram alvos de ocorrências policiais.
No final, o editorial de setembro alertava para a ausência de responsabilidade de alguns representantes, no tocante ao respeito ao cargo que ocupam: “Falam, acusam, como se não houvesse necessidade alguma de, se não se respeitarem enquanto autoridades, respeitarem a investidura em um cargo que deveriam honrar mais que tudo, já que não representam a si, como o caráter individual das discussões deixam antever, mas a população, que paga bem e muito por tão baixo nível.”.
Finalmente a verdadeira face de alguns membros do Legislativo será exposta e discutida a exaustão.
Não se iludam os que podem estar imaginando que não haja a participação de 99% dos componentes do cenário político local estimulando este festival de muito mal gosto que repete outros tantos que a cidade foi obrigada a digerir.
Assim como não há nenhuma chance de que não haverá retaliações que atingirá a todos os envolvidos sobrando ao final muito trabalho ao encarregado de limpar o liquidificador.
E a cidade sendo afetada por picuinhas que mantém passivo o inconsciente coletivo para a triste realidade de quem muita coisa pode não ser feita em razão de tudo isso.
E os editoriais, como bola de cristal chinesa, vão continuar profetizando o óbvio e prevendo o que até os cães sarnentos sabiam desde sempre, infelizmente.
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