12 de agosto | 2012

Cadê o candidato a prefeito desta gente?

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Willian Zanolli
 “ Este texto, porque hoje, como todos os dias da minha vida, é muito especial, vou dedicar a uma pessoa muito especial, que ensinou a mim e creio que a muita gente da minha geração, que perseverar, insistir, acreditar no sonho, é como transformar a utopia na realidade: José, o Zanola da Triunfal Modas, com quem não tenho laços de parentesco, mas por quem nutro especial carinho, pelo tanto de ensinamentos que transmitiu e transmite aos que como eu puderam estar por razões diversas bebendo da fonte de sua sabedoria”.

Começando sempre do começo, como possivelmente indicaria o culto poeta olimpiense Ivo de Souza, com os devidos acréscimos, de não esquecimento do meio e do fim, estabeleceremos através da palavra impressa um contato com os leitores para discutir uma questão que tem convocado minha razão para prestar esclarecimentos.

Ri não gente, é que falei do Ivo, e ai tive que dar a impressão que conheço de linguagem, que o homem é fera no assunto e se escorrego no palavreado, danço.

Voltando ao começo, que às vezes a gente se perde pelo caminho e se reencontra lá na frente tentando dar direção ao que sem rumo está.

Observando, no entanto, o título, conclui que devo debater sobre candidaturas de vereadores que não estão divulgando devidamente seu candidato majoritário.

Ou seja, estão escondendo o candidato a prefeito de sua preferência, este preferência se enroscou no texto e não quer sair nem a pau, já consultei o deus google para substituí-lo por outra palavra que definisse melhor a situação descrita sem sucesso.

Bateu, deu na pleura, o candidato a prefeito que está inscrito na justiça eleitoral na coligação a que o vereador está disputando o pleito.
Souzeei, como querer caetanear o que há de bom, só que traduzindo fica assim.

O candidato a vereador, o Croquete, disputa a eleição pela coligação que abriga o prefeito Coxinha; aí, na hora de fazer o santinho ele não coloca o nome do candidato a prefeito no santinho por que a justiça eleitoral não obriga, a única obrigatoriedade é colocar a coligação.

Aí, como a intenção deles não é tapear ninguém, não é iludir a simplicidade do povão, que não gosta deste, daquele ou do outro candidato a prefeito, e para ficar bem com todo mundo eles colocam o nome da coligação bem pequeno.

De forma que o povo mal alimentado, mal nutrido, com problemas de visão e premiados com um sistema educacional falho que joga milhares de analfabetos funcionais na sociedade, não atenta nem para as letras garrafais, quanto mais, minúsculas ocultas no canto da propaganda eleitoral.

Existem duas possibilidades para que este acontecimento se dê por aqui e pelo Brasil afora, um o que começamos a desnudar, mesmo sabendo que todo mundo sabe disto: os vereadores que pensam que com estratégia enganam os eleitores e os eleitores que sabem que o candidato pensa que os está enganando e vota nele por que gosta de ser enganado.

Não fosse assim não ouviríamos tantas queixas em relação ao Legislativo no percurso dos quatro anos de mandato. É o resultado do voto equivocado dado pelo eleitor, que no fundo, na sua maioria, parece que gosta de ser enganado.

Imagino que eles devem pensar assim, se votar certo vamos passar quatro anos falando mal do quê?

Agora, que esmiuçada, detalhada está a primeira parte…

Deixa eu deixar a arrogância de lado.

Esmiuçado nada, no máximo colocado alguns ingredientes que dão a ideia da falta de sabor que se transformou a culinária política brasileira, cujos pratos são intragáveis, de difícil digestão, empurrado goela abaixo, que provoca náuseas e efeitos colaterais ao longo dos quatro anos de consumo indigesto.

Vamos a segunda parte que o espaço está se esgotando pela exigência de quantidade de caracteres, não posso ser São Longuinho desta vez.

Na segunda parte privilegiando os otimistas, pensemos que em razão do que está explicitado enquanto função legislativa, que cabe ao vereador eleito fiscalizar o prefeito no âmbito de suas obrigações e responsabilidades, pode ser que:

Para não criar vínculo nenhum com o candidato a prefeito que em estando concorrendo tem chances de vir a ser eleito e terá que ser fiscalizado pelo vereador, que demonstrando que apóia sua candidatura de forma direta e objetiva, poderá se eleito ser considerado suspeito no cumprimento da função fiscalizatória.

Povo bem intencionado é outra coisa, e vocês mal intencionados pensando que eles escondiam o candidato para tapear o povo.

Outra questão, esta mais teórica e mais profunda, e que, portanto, só acenaremos a pontinha dela, e se algum dia algum intelectual de boa cepa observando estas minhas preocupações possa dar a contribuição de, a luz do direito, esclarecer melhor este semi analfabeto e seus milhares de três ou quatro leitores atentos.

Existe a questão da independência entre os poderes, já pensou se o candidato ao Legislativo demonstra muita dependência do candidato do Executivo, a perda do conceito de democracia e de república que nós vamos ter?

Vai ser um tal de prefeito comprar vereador na hora de votar coisas de seu interesse, em contrapartida o que vai ter de vereador indicando gente para trabalhar na prefeitura pelo país afora, rachando o salário pela metade.

Ia ser um Deus nos acuda, ainda bem que é da forma que é, havendo candidatos sérios ao ponto de esconder o candidato a prefeito nos impressos por estas razões e outros nem tanto assim, que a urna, em, tendo o povo sério que temos se encarregará de julgar pelo pais afora.

Willian A.Zanolli é artista plástico e jornalista e tem outros defeitos que são tantos que agora não lembra.

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