12 de abril | 2015

Até onde pode chegar a estúpida intolerância?

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COMEÇANDO …

… início da construção de um pensamento que nunca sei onde vai chegar. Soltando as ondas da imaginação para tentar vagar de um lado para o outro, em todas as direções, no sentido de encontrar alguma explicação lógica que possa fazer enxergar como tanta energia pode ser descarrega­da em coisas tão banais, quanta inconsequência, quanto ódio.

NÃO DÁ PRA …

… entender como as pessoas podem querer comandar como o outro vai se relacionar, como vai se vestir, que música vai ouvir (aqui entra os que querem impor os seus gostos), em que vai acreditar, até como vai usar seu próprio corpo, como vai satisfazer os seus próprios desejos.

COMO SE …

… os motivos e as razões para a sua falta de sensibilidade, falta de conhecimento e mesmo o seu analfabetismo (quase 80% da população brasileira não sabe ler e interpretar um texto), sua imbecilidade fosse coisa do cosmos.

AO CONTRÁRIO, …

… não dá para acreditar que a miséria é causada por algum desígnio do além, que os mais espertos têm direito de usurpar os que não tiveram a oportunidade de ter uma boa família, um bom berço, uma boa formação que em todo mundo é e sempre foi o direito de poucos.

OS RADICAIS …

… brasileiros estão querendo fazer aprovar a possibilidade de rasgar a constituição e estão implantando aos poucos normas que vão abalando paulatinamente o estado democrático de direito, porque a oligarquia não quer ver os imbecis comendo mais carne, viajando de avião e ampliando o seu senso crítico, se conhecendo mais e com isso, exigindo cada vez mais.

QUEREM A MANUTENÇÃO …

… deste esquema que perdurou ao longo dos últimos 2500 anos onde a pequena minoria sempre se locupletou no poder, deixando os escravos sempre escravizados, antes pelo império da chibata e hoje, pelo impor do consumo desenfreado que faz o escravo moderno se alienar sempre mais, pois tem que trabalhar cada vez mais para manter o próprio consumo e aí não tem tempo para viver, para educar os seus, para crescer, para se entender e até para trocar afagos, afetos, palavras de amor.

OBTUSOS, …

… acabam acreditando que tudo o que foi socado em sua cabeça à fórceps, pela educação milenar que prega a resignação de passar uma vida inteira como um animal de carga, carregando o pesado fardo da nababez de alguns, pela repetição maciça dos veículos de comunicação, via novelas, filmes, livros de au­toajuda, e até parte da literatura, engendrada pelos próprios profissionais ou artistas que não conseguem sair de sua própria pequenez, e vivem a pregar o texto imposto, sem se ater ao contexto e ao contratexto.

AÍ A GENTE …

… chega ao ponto de ver discussões acaloradas sobre a sexualidade das pessoas. Ou seja, tem gente que se preocupa se o outro vai usar a abertura exterior do tubo digestivo, na extremidade do reto, para expelir os ex­cre­mentos ou para deixar sua próstata (zona erógena no homem) ser tocada pelo órgão copulador masculino de um outro animal invertebrado.

NOS ÚLTIMOS DIAS …

… virou manchete nacional a vinda à tona de um caso que ocorre em todos os cantos do Brasil, cujas instituições não têm nada de democráticas, apenas fingem ser, e são comandadas por verdadeiros ditadores que, através de seus atos, acabam deixando transparecer o quanto estão presos a este sistema milenar de subjugação e que sempre deriva para o preconceito e à discriminação de um pequeno grupo acostumado a ter tudo e não quer perder uma migalha sequer.

COMO EXPLICAR …

… que num país imenso e com as riquezas naturais que ainda possui esse imenso país, ainda tenhamos que ver os dados mostrando que, se não falha a memória deste quixotesco cidadão, apenas 10 por cento dos humanos fica com 90% dos bens que são produzidos, enquanto que os outros 90% dos humanizados, dos escravizados amargam uma vida com as migalhas que soltam das botas destes espo­liadores da vida quase humana: apenas 10% de todas as riquezas produzidas pelos próprios dos robôs de carne, osso e muita água.

DOIS ADOLESCENTES …

… de uma das mais tradicionais escolas de São José do Rio Preto foram flagrados se beijando dentro do banheiro da escola e acabaram recebendo suspensão por tal ato. Um deles acabou até sendo transferido da escola. O caso virou manchete nacional e até motivo de manifestação dos próprios alunos da escola.

ENTRE AS CRIANÇAS …

… manifestantes, uma menina filha de um membro de tradicionais famílias olim­pienses (Minari e Brocanello pelo que ficou sabendo o colunista) e que é amiga dos adolescentes: o advogado Vi­nicius de Almeida Domin­gues.

NO DIA DA MANIFESTAÇÃO …

… que foi acompanhada de perto pela TVTEM, o advogado levou a filha à escola onde estava acontecendo a manifestação dos alunos que não se conformaram com o tratamento dispensado pela direção da escola em relação ao caso dos dois meninos que se presume estariam se beijando no banheiro.

VINICIUS …

… entende que embora não fosse adequado alunos se beijarem no banheiro por ferir as normas internas da escola, muitos casais héteros se beijam e namoram na escola como se fora normal no ambiente e não há casos de expulsão ou advertências por isto.

PARA O ADVOGADO …

… que deu entrevista para o jornalista Willian Zanolli,  que a divulgou em seu programa de rádio, na rádio Cidade FM, 98,7 Mhz, de certa forma a escola teria cometido um ato de discriminação por não ter dispensado tratamento igual a casos idênticos em função de gênero. E ai fez a defesa dos alunos, assim como representantes de entidades e o caso ganhou repercussão que ele não esperava.

A ESCOLA E A …

… família tiveram reações totalmente divorciadas da realidade.  A escola informou a família do ocorrido evidenciando o que poderia ser detalhes do acontecimento que poderia e deveria ter evitado, porque no entendimento de Vinicius, a forma como cada um trata do seu próprio corpo diz respeito ao dono do corpo e a escola, segundo ele, deveria apenas ter relatado que houve um incidente grave com os alunos sem detalhar o ocorrido.

PARA …

… Vinicius de Almeida Domingues cabia somente aos meninos, visto serem donos de suas vidas, sentar com os pais e esclarecer o que realmente houve, ou não. Como há muita perseguição e preconceito se retirou dos meninos o direito de revelar ou não suas opções e o resultado disto foi que uma família imediatamente retirou um dos meninos da escola e a outra família espancou o menino e colocou para fora de casa, sendo que o mesmo teve que passar a noite em casa de amigos.

VINICIUS …

… acredita que a escola se mostrou totalmente despre­pa­rada para lidar com a questão  e defende que o espaço escolar não é onde estas manifestações de carinho deveriam acontecer da maneira como ocorreu, por outro lado, defende que se ocorrer, a escola tem que lidar com isto de maneira mais moderna, através do diálogo, da inserção e não da exclusão, que este é o papel da escola.

O ADVOGADO …

… afirmou na radio Cidade que ficou estarrecido com a forma como distorceram o acontecimento e a sua manifestação na internet. “O movimento, em momento algum, defendeu a ideia da normalidade do beijo no ambiente escolar entre casais héteros ou homossexuais, a defesa era no sentido de que não houvesse discriminação e que situações idênticas fossem tratadas de forma idêntica, com respeito ao que está na lei e na constituição” afirmou.

VINICIUS …

… concluiu informando que um dos alunos já o constituiu para entrar com uma ação de danos morais contra o Estado, cuja representação já está em andamento.

SAINDO DE …

… e passando por outros três tantos, um leitor ligou na semana passada inconfor­ma­do com uma situação que vai na contramão do atual momento de preservação e economia de água potável.

DISSE QUE …

… tocado pelo problema resolveu implantar em sua casa algumas medidas como aproveitamento da água da máquina de lavar, da água da chuva, entre outras medidas que pesquisou e que poderiam resultar em economia e rea­pro­veitamento da água.

CONSEGUIU …

… reduzir muito mais da metade o seu gasto em termos de litros de água. Mas qual não foi sua surpresa ao receber a tarifa dois meses depois, quando, deduziu que a redução no preço seria na mesma proporção.

PASMEM …

… os senhores, em dinheiro, sua economia não chegou nem aos 30%, embora em litros tenha economizado mais de 70%. Aí foi pes­quisar o por quê?

É QUE O DAEMO …

… cobra a tal da taxa mínima que não importa se você está economizando ou não, se gastou a quantidade ou não, tem que pagar o valor mínimo. É mole?

SERÁ QUE …

… este consumidor continuará a viabilizar e melhorar ainda mais o seu processo de economia de água residencial. O que você faria? Esta é a terra do grande imperador Genial Genioso, cuja sanha arreca­dadora transcende todos os seus antecessores.

 José Salamargo… … mais amargo, mas entendendo que uma luz pode estar surgindo no final do túnel. Mesmo com a maioria das pessoas sendo classificadas pela UNESCO como alfabetizadas funcionais, esta tal de tecnologia, embora não provoque o senso crítico e nem o adquirir do conhecimento pe­lo menos traz informação e esta poderá ajudar a acontecer uma verdadeira revolução: a mudança de todo este sistema de linha de montagem e escravização pelo consumo, pois vai ser picada pelo próprio veneno. Cada vez mais as pessoas não aceitarão que as coisas fiquem do jeito que estão, ou seja, com alguns ficando com toda a parte do que o Brasil produz e o resto ficando apenas com os restos, como na Senzala em que o senhor de engenho passa os restos dos porcos e feijão preto para os escravos se alimentarem. E foi nas grandes panelas cheias de orelha, língua, pés, toucinho, couro, ou seja, restos de porco, cozinhados no feijão preto, surgiu a hoje a internacional feijoada…

 

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