“É preciso seguir em frente, sem gente atemorizando a sociedade,
botando terror nas rodovias, atrapalhando a economia,
desrespeitando regras básicas de civilidade e o resultado
sagrado das urnas onde a maioria define quem
deseja para governar o país”.

Do Conselho Editorial

Não se pode negar e não há como configurar os bolsonaristas inconformados e seus atos antidemocráticos senão como terroristas e criminosos.

O discurso de que estas manifestações são parte da democracia e se enquadram na livre manifestação é mentirosa e se traduz em perigo para a manutenção do estado democrático de Direito.

Desde que Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito, manifestantes organizam atos antidemocráticos por todo o Brasil, que contestam o resultado das urnas eletrônicas. Em Olímpia o bloqueio da rodovia e aconcentração organizada na frente da sede do Tiro de Guerra local são exemplos desta situação.

Os procuradores-gerais de Justiça de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo estiveram no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para trocar informações com a Corte sobre os bloqueios em estradas e manifestações em frente a quartéis das Forças Armadas.

Para os chefes dos MPs (Ministérios Públicos) dos Estados, há indícios de organização e financiamento de empresários para manter as obstruções de vias.

Observa-se que há um movimento organizado, de financiamento, que começou com as estradas e depois com a reação das forças de Estado, os manifestantes se movimentaram e foram para frente de quartéis, com o objetivo de forçar um golpe militar, insatisfeitos com os resultados das urnas.

Segundo representantes do Ministério Público, magistrados e juristas renomados, estes poderão responder na esfera federal por estarem conspirando contra a democracia.

E concluem que as investigações iniciais apontam que há, por trás destes atos, uma grande organização criminosa, com funções definidas, tais como financiadores, arrecadadores e organizadores.

Foram encontradas várias mensagens com número do pix para que mais pessoas possam abastecer financeiramente o movimento e as investigações caminham para estabelecer quem organiza a questão financeira e a de alimentação.

Como bem podem ser observados, os bloqueios têm um caráter interestadual e os movimentos são muito parecidos em todo o Brasil, tanto que os bloqueios nas estradas, uma vez desbloqueadas, logo em seguida eram bloqueadas em outros trechos, comprovando que havia uma ação em nível nacional.

O que se espera neste momento é que o Brasil possa seguir sem golpe, sem nenhum movimento que possa atentar contra a democracia.Bastam quatro anos de discórdia, de ódio e de atentados constantes contra as instituições.

É preciso seguir em frente, sem gente atemorizando a sociedade, botando terror nas rodovias, atrapalhando a economia, desrespeitando regras básicas de civilidade e o resultado sagrado das urnas onde a maioria define quem deseja para governar o país.

Como tudo é imprevisível neste desgoverno que se finda, como tudo é discutido pelo viés da violência, da truculência, mesmo que tenham definhado as manifestações, dúvidas permanecem sobre a manutenção do estado democrático de direito, pois ninguém sabe até onde os insurgentes terroristas chegarão.