11 de agosto | 2024
Após o Fefol Briguento, começam as eleições
“O prefeito autorizou a contratação de uma empresa de segurança da cidade de seu assessor, responsável pelo maior escândalo de seu governo, pagando mais que o dobro do preço”.
José Antônio Arantes
Neste domingo termina o Festival que simboliza o fim das incongruências autoritárias de um prefeito que, a todo custo, não quer deixar o poder. Assim como Maduro na Venezuela, ele almeja a reeleição perpétua. No entanto, como aqui não é possível manipular o sistema eleitoral, tenta impor um de seus protegidos, mesmo encerrando de forma lamentável um governo que tinha tudo para ser o melhor de todos os tempos.
O alcaide conseguiu enganar a todos durante os primeiros seis anos de seu mandato, disfarçando seus impulsos autoritários que o levaram a acreditar que era autossuficiente e não precisava de nenhum projeto, conselho ou sugestão, fazendo tudo conforme sua própria vontade, manipulando tudo e todos.
ESPELHO, ESPELHO MEU …
Com a assessoria do espelho, com o qual mantinha longos diálogos, impôs obras para atender os interesses de seu grupo político, a elite do turismo local, sem sequer consultar seus integrantes. Deixou de lado uma população de 55 mil habitantes, que viveu mendigando por serviços, especialmente na área da saúde, que foi loteada para políticos que usam a desgraça alheia para se fortalecer politicamente.
Nos últimos dois anos, talvez já prevendo que seu sonho de se perpetuar no poder tem tudo para não se realizar, com quatro candidatos disputando seu cargo, e após ter perdido aquele que se tornou especialista em maquiar sua imagem, transformando-o em um grande gestor, parece ter ligado o “foda-se”.
NEM O FEFOL ESCAPOU
São tantas as reclamações e irregularidades surgindo que, ao que tudo indica, mesmo o que foi imposto de forma autoritária, mas se transformou em algo positivo, pode acabar sendo engolido pelo lamaçal que se forma, misturando-se ao mundo da insignificância e da mediocridade.
Nem o Festival do Folclore escapou. Após o impacto da contratação de um show de final de ano, pagando módicos R$ 650 mil, quando já havia contratado o mesmo cantor por algo em torno de R$ 200 mil, o prefeito autorizou a contratação de uma empresa de segurança da cidade de seu assessor, responsável pelo maior escândalo de seu governo, pagando mais que o dobro do preço.
MEDIDAS OPRESSIVAS POR CAUSA DAS BRIGAS?
Mas o pior foi que a desculpa para impor mais um gesto autoritário, ao fechar a entrada do Recinto às 23 horas, foi justamente o elevado número de brigas dentro do local, atestando que, mesmo com o preço da segurança mais que duplicado, o serviço estava falho, não adiantado a adoção de técnicas opressivas.
Para completar o cenário, um Boletim de Ocorrência foi registrado, relatando um episódio digno de seriado de comédia: dois seguranças (é sim, dois seguranças) se envolveram em uma briga dentro do Recinto, fazendo deste o Festival mais briguento de todos os tempos.
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