21 de maio | 2023

A Saúde local parece ter voltado ao caos anterior

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“O esboço inicial e a quantidade de queixas sinalizam para tempos nebulosos, oxalá tal previsão não ocorra”.

 

Do Conselho Editorial

No período em que Hilário Ruiz e seu grupo estavam no comando da Saúde local as queixas dos usuários do sistema eram muitas e criavam a sensação de que os serviços prestados não eram de qualidade.

Após a saída do grupo de Hilário Ruiz do comando da área de Saúde, coincidentemente ou não, a quantidade de reclamações relacionadas ao setor foi diminuindo até não se observar grandes queixas nas redes sociais e na mídia local.

É do conhecimento geral que Hilário Ruiz e seu grupo, por conchavos, acertos políticos, ou seja lá o que for, voltaram a dominar o setor.

E, com a volta do grupo, voltaram a surgir algumas das queixas comuns do período que comandavam a Secretaria.

Já há uma grita geral em relação a falta de remédios, demora exagerada para realização de consultas e exames solicitados pelos médicos.

A Saúde, no Brasil, está capengando, atuando com enormes dificuldades e isto não é segredo para ninguém. Ocorre que a situação em Olímpia, embora não fosse das melhores, encontrava-se pacificada depois de desfeito o feudo de Hilário Ruiz no setor.

De uns dias para cá, observa-se o crescendo de insatisfação, as denúncias de má utilização política do setor em benefício de agentes políticos ligados a eminência parda que está dando as cartas por lá, nos bastidores.

Não se trata de picuinha, divergência pessoal, contrariedade ou animosidade contra a figura do ex-vereador. Trata-se de observar que após a volta de seu grupo os mesmos problemas denunciados pela população, durante sua anterior gestão de bastidor, voltaram a discussão pública.

Nota-se que munícipes têm se posicionado nas redes sociais com maior frequência denunciando possíveis desmandos, utilização inadequada e política do setor, atendimento precarizado e falta de medicamentos de uso contínuo.

Que o gestor público, por razões de ordem política tenha loteado o setor pode até soar compreensível para os que interpretam política pelo olhar do fisiologismo e da falta de comprometimento social, mas, fazer vista grossa para a falta de condução técnica e não se atentar para o retorno do caos é simplesmente desumano e cruel.

As observações são, inicialmente, de que as discussões técnicas e a preocupação com a resolução rápida para os problemas apresentados foram trocadas pelo clientelismo, favorecimento dos amigos e inchaço do sistema com apaniguados e apoiadores de última hora ou de sempre.

Pode-se concluir que pode haver precipitação na análise aqui produzida, levando-se em consideração ser recente a volta dos que já estiveram por lá. No entanto, ao se considerar que já tiveram experiência anterior ditada pelo fracasso e pela incompetência administrativa, a conclusão deveria ser de preocupação e temor.

O esboço inicial e a quantidade de queixas sinalizam para tempos nebulosos, oxalá tal previsão não ocorra.

O cidadão olimpiense não merece passar pela mesma terrível experiência duas vezes, por razões de ordem política em um setor em que a preocupação constante deveria ser a preservação da vida e não a construção de uma possível futura candidatura de alguém.

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