29 de julho | 2018

A importância das próximas eleições, ou … salve-se quem puder

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"Vai chegar o momento em que até a limpeza da casa poderá ser feita por robôs. Do chão de fábrica à advocacia e a medicina, a tecnologia já está se sobrepondo. O que era feito por muitos, será realizado por alguns. Algo terá que acontecer. Novas fronteiras terão que ser abertas (ou fechadas) para se evitar o caos”.

Mestre Baba Zen Aranes.

FOLHEANDO …

… arquivos antigos, não muito velhos, apenas idosos, desta Folha, mais pausadamente nos escritos publicados neste espaço, chega-se à conclusão de que, embora nada aconteça outra vez, muitas histórias se repetem. Mudam-se os atores, mas os personagens acabam sempre interpretando enredos semelhantes.

MAIS UM ANO …

… que passa de sua metade, com carnaval, copa do mundo e agora, eleições. E o povo sofrido, os sem escola, sem saúde e sem oportunidades, sem perspectivas de galgar uma vida digna, vai passar novamente por um processo de enganação, onde é levado a pensar que é livre para pelo menos almejar entrar no pequeno mundo dos que têm; dos que vivem no topo; dos privilegiados por um sistema escravagista que mantém a maioria em minissenzalas, verdadeiros pombais humanos, produzindo as riquezas que alguns poucos vão usufruir, acreditando que um dia poderá ser um também.

A VERGONHOSA …

… embromação volta à tona. Agora todo mundo é santo. O prefeito que saiu, por exemplo, embora não tivesse concluído nenhuma de suas principais “obradas”, bate no peito e se ufana da titularidade de coisas mal feitas, com projetos furados, mal explicados e até obra paga e inacabada e outros atos não muito ortodoxos acabaram sendo objeto de vários processos na justiça.

DE OUTRO, …

… lado, o médico Nilton Roberto Martines, que embora nunca tenha exercido cargo executivo, já que foi vereador e vice-prefeito, é considerado um mestre na sua área. Mas também carrega a mácula de ter que conviver com cobras criadas da política, já que ninguém consegue se candi­datar sem estar filiado a um partido político, sem ter apoios, sem fazer alianças.

NO CENÁRIO …

… nacional a situação é bem pior, pois pelo jeito, mais uma vez, a escolha terá que ser feita entre o péssimo e o mais péssimo ainda, já que as regras do jogo não mudaram. É preciso costurar uma colcha de retalhos de apoios e junções dos donos da política, que são sempre mais dos mesmos.

COM CERTEZA …

… não será desta vez que conseguiremos sair do nada para algum lugar e continuaremos indo do nada para lugar nenhum. Mas, entre os pensadores de plantão, já se começa a vislumbrar novas perspectivas, partindo do princípio que o futuro poderá ser o caos, não apenas pela corrupção e pela falta de moralidade e vontade política, mas, também, pela própria mudança do “mudus vivendi”, via revolução tecnológica.

JÁ É VOZ …

… corrente que entre cinco e 10 anos teremos realmente uma verdadeira revolução em todas as áreas em razão do avanço tecnológico. Vai ser preciso muito mais do que falsas promessas para se conseguir pelo menos manter a situação nos níveis em que estava há alguns uns anos atrás.

A REVOLUÇÃO …

… tecnológica, pelo que vislumbram aqueles que ousam prever o futuro, vai mudar a cara e a forma da sociedade como um todo.

AS ECONOMIAS, …

… nos moldes atuais, não conseguirão se sustentar pelo simples fato de que não basta produzir os bens de consumo com robôs e computadores com inteligência artificial. É preciso ter pra quem vender. Ora, se não tiver trabalho em razão de os postos estarem sendo extintos, ocupados pelas máquinas, quem irá consumir? Apenas os 5% que ficam com os 90% de tudo que é produzido no País?

VAI SER PRECISO, …

… reinventar a roda. No entanto, o brasileiro que não cansa de esperar por uma boa oportunidade, com certeza, irá se adaptar.

MAS, APENAS …

… para que a gente entenda um pouquinho do que já está ocorrendo e não prestes a acontecer, todas as discussões apontam que os novos postos de trabalho que surgirão, estarão rela­cio­nados à própria tecno­logia. Por exemplo, hoje, um trator e um técnico que seja motorista e saiba trabalhar com o veículo, substitui centenas de trabalhadores.

VAI SER PRECISO …

… realmente preparar a grande massa para a nova era, com a velocidade da luz. E como fazer isso com 85% da população sendo considerada alfabetizada funcional?

NÃO DÁ TEMPO …

… de criar um novo sistema educacional que tenha por objetivo criar cidadãos críticos e reflexivos. Vai ser preciso apelar para a formação de técnicos, a exemplo do que ocorre em muitos países europeus. Pegar a mão de obra desqualificada e, através de cursos técnicos, formar trabalhadores específicos para cada área. Verdadeiros robôs, treinados a fazer o que têm que fazer, sem saber o que estão fazendo. Pela mera repetição, sem entendimento e torcer para que o ser humano sobreponha a máquina.

O MOMENTO …

… é complicado e preocupante, daí a necessidade de mudança que, de qualquer forma, terá que ocorrer, com voto ou sem voto, sob pena de a fome e o desemprego causarem uma convulsão social que já se avizinha.

José Salamargo – Embora cético, sempre acreditando na capacidade do ser humano de reaprender, de se reinventar, de sobreviver ao caos.

 

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