18 de junho | 2017

A crise, a bolha imobiliária e o turismo

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Do Conselho Editorial

No Brasil mesmo os economistas mais otimistas, que não estejam atrelados a discursos oficiais, dão conta de que a crise perdurará por um bom tempo, com tendência a se agravar.

O sistema econômico mundial se encontra em discussão, com muitos países vivendo uma crise econômica sem precedente, outros poucos sinalizando com tímida reação e um número sem fim de nações no limite da que pode suportar.

Desemprego em alta, consumo em baixa, indústria trabalhando com capacidade reduzida e lavoura, commodities, dando respostas equivalente ao que está sendo projetado em todos os setores.

Se há safra abundante, não há escoamento, preços aviltantes que muitas vezes não viabiliza margem de lucro ou fica abaixo do custo de produção, colheita, transporte.

País em descrédito no setor dos frigoríficos, em­preiteiras se dissolvendo pelas denúncias da área e a especulação que grandes empresários e banqueiros serão os próximos a ser atingidos pela operação que combate a corrupção.

A operação Lava Jato, em que pese estar passando o Brasil a limpo, como toda investigação, tem seu custo e um preço a cobrar.

Pode não ser e não é culpada pela crise que se abate na economia nacional, mesmo que tenha sufocado valiosos participantes do PIB e sufocará outros em breve.

A crise mais que moral é econômica e por ser moral contribuía para que serviços públicos com eficiência fossem prestados ou houvesse, com a seriedade que deveria ter financiamentos públicos para o crescimento da indústria, renovação e ampliação dos equipamentos necessários a armazenamento, distribuição, transporte e destinação dos produtos nacionais.

Não há portos, aeroportos, ferrovias, rodovias em número suficiente para atender a demanda e diminuir os custos, assim como não há muita coisa extremamente necessária por conta dos inúmeros desvios praticados pela classe política impossibilitando uma economia pujante.

O reflexo disto está sendo sentido nos supermercados, nas lojas, que ou estão sem muitos clientes ou estão fechando, na procura crescente por emprego, no número imenso de locais comerciais em pontos privilegiados colocados a venda ou para alugar.

Com as casas residen­ci­ais e mesmo as que foram transformadas em pousadas a sensação que se tem é que o mercado está paralisado, tamanho o número de placas nos imóveis.

Este congelamento do setor imobiliário que criou a famosa bolha que levou os Estados Unidos a um período de crise que se arrasta até agora, de forma quase idêntica, com outros aspectos e por outras razões começou a ser duramente sentido nas pequenas cidades do interior do Brasil.

Olímpia, que até pouco tempo respirava ares posi­ti­vistas de crescimento, com grandes anúncios de grandes obras no setor privado, altos investimentos já começa a puxar o freio de mão.

O que se sente é que a crise começa a fazer marola, as últimas informações dão conta de que o setor hoteleiro começa a sentir os reflexos da crise nacional com o baixo número de ocupações.

Os clubes locais, embora se esteja na baixa temporada, demonstram frequência aquém da que se projeta para o setor.

Muito embora o Thermas esteja entre os destinos mais procurados do Brasil é de se notar que as expectativas começam a ser menores que as projeções mais realistas.

Promoções e ofertas de hospedagem bem abaixo do que antes era comum em muitas pousadas e hotéis dão bem a mostra, para quem deseja ver que é preciso inspiração, ideia, criatividade por que o tempo da borrasca parece que bate a porta.

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