20 de dezembro | 2011
Usuários fazem abaixo-assinado pedindo pavimentação de estrada vicinal
No caso do prefeito de Severínia, Raphael Cazarini Júnior, a tarefa é menos árdua, pois a pavimentação já está realizada em grande parte do trecho que está sob sua responsabilidade. A ele cabe asfaltar principalmente o trecho que passa dentro do vilarejo.
Mas no caso de Olímpia a situação é diferente, uma vez que se trata de uma obra que inclusive já recebeu materiais para sua realização, no período da administração do ex-prefeito José Carlos Moreira, e nada ocorreu.
Cabe ao prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, se quiser realizar esse asfalto em sua administração – está finalizando seu terceiro ano de mandato – lutar junto ao governo do Estado de São Paulo e ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem), para que essa pavimentação seja concretizada.
Mas segundo a reportagem mostrada no sábado da semana passada, dia 17, pela TV Tem, afiliada da Rede Globo de São José do Rio Preto, essas Prefeituras não têm previsão para realizar essa obra de pavimentação.
A estrada, que liga Olímpia a Álvora, saindo pela Represa de Contenção do Recco, ao lado do Jardim Hélio Casarini, conhecido por COHAB III, na zona sul da cidade, chega ser alvo de piadas do tratorista Gilberto Mendes. “Está péssima a estrada. Precisa de um melhoramento e tomar providências com a máxima urgência. Se chove bastante ninguém anda. Nem tatu de chuteira anda”, disse à emissora.
São 7,5 quilômetros de extensão cuja pavimentação, além de ajudar a solucionar parte do problema do excesso de veículos no trecho da Armando de Salles Oliveira, SP-322, a Rodovia da Laranja, já conhecida popularmente por Rodovia da Morte, também levaria mais conforto a famílias que residem à margem da rodovia.
Esse, por exemplo, é o caso do casal Dalva e operador de máquinas Laerte Gentil, que lavaram a varanda da frente da casa quando a reportagem da emissora de televisão chegou. “Aqui é sempre sujo assim. Não tem como ficar limpando direto porque gasta muita água”, afirmou o operador de máquinas.
Por outro lado, um grupo de moradores que depende da estrada e gostaria de vê-la pavimentada, atua no sentido de arrebanhar a maior quantidade possível de assinaturas em um documento (abaixo-assinado) que será entregue a pelo menos um dos dois prefeitos (Olímpia e Severínia).
“Já que o prefeito não tomou providência e a gente está precisando dessa estrada asfaltada, a gente resolveu fazer isso (abaixo-assinado). Nós temos mil e poucas assinaturas e tem mais aproximadamente 800 para recolher ainda”, contou o empreiteiro José Antônio Herculano.
A reportagem retrata as péssimas condições das estradas vicinais da região noroeste, incluindo essa de Olímpia entres as piores, que é considerada como abandonada pelo poder público. Todas apresentam problemas e os motoristas enfrentam dificuldades todos os dias.
Reportagem
Mas a reportagem mostra também as situações de 11 estradas vicinais na região de Araçatuba, que somam mais de 90 quilômetros. Por lá a única que recebeu cuidados recentemente foi a Oswaldo Cintra, que dá acesso às obras do estaleiro onde serão construídas as embarcações que transportarão etanol pela hidrovia Tietê-Paraná foi recapeada recentemente.
A reportagem informa que o Departamento de Estradas de Rodagem investiu mais de R$ 40 milhões em 19 vicinais que cortam o noroeste paulista. Ao todo, foram recuperados 180 km de estradas, mas alguns trechos ainda apresentam problemas e colocam em risco a segurança dos motoristas.
Apesar dos investimentos na região de Araçatuba, algumas estradas estão esquecidas. Na vicinal Fernando Laborie, que liga o município a Guararapes, o asfalto ainda não chegou. Em dias de chuva, o local fica praticamente intransitável.
Já em Votuporanga, na vicinal Adriano Pedro Assi, que liga a cidade a Sebastianópolis do Sul, há buracos por todos os lados que tomam conta do asfalto. Em alguns trechos, fica quase impossível desviar deles. Mas o ponto mais crítico é uma ponte, onde uma chapa de aço foi colocada para tapar um buraco e a estrutura aparenta estar comprometida. Uma parte da grade de proteção caiu depois de um acidente e ainda não foi consertada. A situação preocupa os motoristas que passam pelo local.
Além disso, em uma região que mantém a economia aquecida com o desenvolvimento do agronegócio, as estradas vicinais são usadas para o escoamento da produção.
Bom para usinas que produzem açúcar e álcool, ruim para outros motoristas que dependem dessas estradas. As vicinais têm uma estrutura mais simples e não poderiam ser usadas como rodovias.
Em nota, a prefeitura de Votuporanga disse que as estradas da cidade serão recuperadas em parceria com as usinas. Já para as estradas da região de Araçatuba e para a vicinal de Olímpia, não existe uma previsão para reparos.
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