07 de dezembro | 2014

UPA estaria atendendo sem o aparelho de raio x há 5 meses

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Embora há algumas semanas tenha sido divulgada a informação de que o problema já teria sido sanado, inclusive com a eventual aquisição de um novo aparelho, parece que a situação não ficou tão clara assim. Isso porque, segundo uma reclamação levada ao ar por uma emissora de rádio local, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) está atendendo sem um aparelho de raio X já há cinco meses, pelo menos.

A informação partiu de uma mulher que se identificou apenas com o nome de Roseclair, moradora do Jardim Leonor, na zona sudeste de Olímpia. A reclamação foi ao ar quarta-feira, dia 3, através de uma emissora de rádio que tem se destacado por anunciar todas as informações mais positivas da administração do prefeito Eugênio José Zuliani.

A mulher contou que o filho que tem apenas oito anos de idade está com problemas na face e a médica que o atendeu solicitou uma radiografia, mas que encontrou dificuldades para realizar o exame. Além disso, reclamou também da demora para marcar uma consulta, embora sendo um caso considerado mais grave.

No entanto, desta feita o problema não está direcionado ao atendimento por parte dos funcionários. Questionada sobre qual seria a reclamação, ela respondeu: “A reclamação é a respeito da UPA. O meu menino (filho de 8 anos), a respeito do atendimento não, ele foi bem atendido, mas acontece o quê? A médica pediu uma radiografia da face dele. Resultado: faltaram para a gente, eu fiquei sabendo hoje no posto de saúde também, que já faz cinco meses que o aparelho da UPA não funciona, que o a­parelho de raio X não estava funcionando”.

E acrescentou: “Tivemos que sair da UPA correndo com o meu filho reclamando e chorando de dor, tivemos que ir lá na Santa Casa para poder tirar um raio X e esperar ficar pronto para vir de volta à UPA”.

Depois disso tudo, surgiu também a reclamação da demora para marcar uma consulta: “Outra coisa também: Fui marcar médico neurologista para ele ontem (2.ª feira, dia 2,) e foi marcado só para o dia 9 de janeiro (2015), sendo que isso não pode acontecer na saúde”.

A mulher reclamou dessa dificuldade também: “Já faz uma semana que estou com meu filho doente, reclamando de dor, a pediatra deu encaminhamento para neurologista e para oftalmologista. O oftalmologista vai co­meçar a marcar ainda no dia 19 (dezembro)”.

Demonstrando revolta com a situação que encontrou no momento em que necessita de tratamento para o filho, a mulher disparou: “cadê os médicos da área da saúde de Olímpia? O caso do meu filho é de urgência. Agora, vai lá saber para quando eu vou conseguir isso”.

MEDALHA DE LATA

Por outro lado, a UPA voltou a ser tema de reclamação no Ma­pa do Calvário, maneira co­mo ficou conhecida a Caixa Preta da Saúde, sistema implantado na internet pela Associação Médica Brasileira (AMB), em abril deste ano.

Desta feita, trata-se de uma reclamação que foi postada na terça-feira, dia 2, por uma pessoa que se identifica como sendo Marina Silva AMA Baguaçu. Sem apontar um caso específico, ela menciona que a UPA deveria ter médico durante 24 horas, mas quando um paciente necessita durante a madrugada não encontra.

“O UPA se diz que tem médico 24 horas, mas quando você chega de madrugada não tem atendimento por falta de médico. A população merece um atendimento de qualidade por tanto imposto que pagamos. Para se dar um exemplo, na campanha Novembro Azul que é a prevenção do câncer de próstata faltava médico urologista. Fica aqui nossa indignação.

COMO RECLAMAR

Para registrar a queixa, a pessoa deve acessar o site w­ww.ca­ixa­pretadasa­ude.org­.br e cli­car em um ícone amarelo que apa­rece no canto superior esquerdo da tela. Nesse local, deve indicar o Estado e a cidade. Depois, em outra caixa que se abre, o interessado po­de digitar sua reclamação e, se houver, também ler outras queixas.

“A expectativa é que o próprio gestor tome providências para resolver o problema da cidade, uma vez que a informação está pública. Faremos um balanço mensal das denúncias e casos sem solução ou que se avolu­mam, enviaremos às promotorias de saúde e a outros membros do Ministério Público”, afirma a AMB.

Mas antes de ser publi­ca­da no site, as reclamações são avaliadas por uma equipe da “Caixa-Preta”. “Ao receber a de­núncia na plataforma on­li­ne a equipe responsável pela che­ca­­gem da veracidade entra em contato com médicos da região, profissionais da saúde, ou solicita mais dados e informações para o próprio denunciante. É importante que o denunciante envie fotos ou pequenos ví­de­os, pois isto dá credibi­lidade à informação”, explica a assessoria da associação.

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