RELIGIÃO!
Dia Nacional da Umbanda é comemorado no dia 15 de novembro. Evento teve o objetivo de desmistificar a religião de origem afra.

A som de atabaques dos Ogans Thiago, Guilherme e Manu, histórias, depoimentos e intervenções musicais e religiosas que mostravam a origem da religião de matriz afro, umbandistas de Olímpia comemoraram o seu dia na Casa de Cultura de Olímpia no último dia 26.

O Dia Nacional da Umbanda é comemorado anualmente no dia 15 Novembro, mas os membros da Associação Templo de Umbanda de Caboclo e Preto Velho, presidido por vó Kika e tendo como vice-presidente a Mãe de Santo Juliana Correia, resolveram utilizar o palco da Casa de Cultura local para realizar o evento que foi denominado de “Unidos Pela Umbanda” para destacar a data.

Foi destacado na ocasião que ao longo da história os umbandistas sofreram preconceito e discriminação por causa da religião no Brasil por total desconhecimento das práticas religiosas que eram e às vezes continuam sendo associadas a rituais satânicos.

Contrário a este pensamento discriminatório, a Umbanda é mais um exemplo da rica diversidade cultural brasileira.

Geralmente seus cultos são realizados em terreiros, onde os espíritos de caboclos, exus e pombo-giras, orixás, pretos velhos e erês, incorporam nos médiuns, fazem aconselhamentos ou abençoam as pessoas presentes.

O Dia Nacional da Umbanda foi criado pela Lei nº 12.644, de 16 de Maio de 2012, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, que oficializou o dia 15 de Novembro como Dia da Umbanda no país.

A data, no entanto, já era comemorada por milhares de pessoas, principalmente os umbandistas, há muito tempo, por ter sido a data em que o espírito de um caboclo anunciou a fundação da nova crença.

Na verdade, a escolha do dia foi uma decisão das entidades federativas do Rio de Janeiro, durante a I Convenção Anual do Conselho Nacional da Umbanda.

Em sua origem a umbanda surgiu em 15 de Novembro de 1908.

Segundo consta, neste dia, um espírito teria se manifestado pela primeira vez em um jovem médium de 17 anos, Zélio Fernandino de Moraes (1891-1975), e mandado criar um novo culto, a Umbanda.

Zélio estava sofrendo com uma paralisia que nenhum médico da época conseguia explicar.

 Um amigo da família do garoto aconselhou que o levassem para a Federação Espírita do Rio de Janeiro, onde o jovem foi incorporado pelo denominado caboclo das Sete Encruzilhadas, anunciando que deveria ser fundada uma nova religião no Brasil.

Esta foi a primeira vez que este evento ocorreu em Olímpia e, diante da boa receptividade a Associação tem a intenção de anualmente comemorar a data com apresentações que possam ampliar o conhecimento sobre a Umbanda.