25 de março | 2012

Tratorista corre risco de amputar pé por falta de atendimento adequado

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Um tratorista cujo nome não foi informado, mas que sofreu um acidente, no qual sofreu fraturas e esmagamento de nervo do pé esquerdo e estaria correndo risco de ter o mesmo amputado, isto por causa da falta de um atendimento adequado que recebeu no pronto socorro municipal, que, de acordo com o que preferem alegar os diretores da instituição, funciona em um prédio anexo à edificação da Santa Casa de Olímpia.


Trata-se de mais uma situação onde aparece explicitamente o descaso com que as pessoas mais simples estariam sendo tratadas pelo sistema de saúde pública de Olímpia, demonstrando a incapacidade de atendimento dos profissionais contratados para atuar no pronto socorro.


Pelo menos é isso que se pode entender da história relatada na quarta-feira desta semana, dia 21, por uma mulher que se identificou com o nome de Daiane, moradora no Jardim Alberto Zaccarelli, conhecido popularmente por CDHU I, na zona sul de Olímpia.


“O pé do meu marido está com começo de trombose, esmagamento de nervos, quebrou dois dedos, trincou o peito do pé e ai? E se o pé do meu marido cair quem é que vai me ajudar”, questionou.


Daiane contou que o marido sofreu um acidente: “caiu do trator e a roda traseira da carretinha passou por cima do pé dele. Fomos à Santa Casa (pronto socorro) e chegando lá ele foi atendido depois de quase uma hora. O médico pediu Raio X pois o pé estava todo inchado, que ficou pronto coisa de duas horas e meia ou três horas depois”.


“Ai o plantonista atendeu dizendo que ele só estava com um trincadinho no pé e que era pra fazer compressa de água quente, só que o pé dele começou a piorar e ficar roxo. Depois de uma semana voltamos à noite lá e a enfermeira disse que não podia fazer nada, que só podia atender se fosse fratura exposta”, acrescentou.


De acordo com a mulher, o marido já está afastado do serviço há aproximadamente dois meses e somente descobriram o problema depois que pagaram uma consulta particular a um médico da cidade. “Se não fosse a gente pagar até agora não teria resolvido nada”, afirmou indignada.


Daiane questiona informações divulgadas insistentemente pela Prefeitura Municipal sobre contratação de médicos e até de melhorias no serviço, por exemplo, de Raio-X. “Você ouve falar na outra rádio (seu depoimento foi dado na Rádio Menina AM), mas o pé do meu marido está super roxo. Ele tem que usar bota, tem que usar muleta, não está conseguindo colocar o pé no chão e ainda esse povo tem a capacidade de falar que a Santa Casa está boa. Deve estar boa pra matar as pessoas só se for”, questionou.


De acordo com ela, quando da consulta particular foi feito um novo Raio X que comprovou o esmagamento de nervo do pé esquerdo, fratura em dois dedos, trincos em outro dedo e no peito do pé. “E disseram que era apenas um trincadinho em um dedo e que era apenas para fazer compressa de água quente”, reclamou.


“Acho que se no dia tivessem atendido direito e visto que tinha esmagado o nervo, o pé dele estaria bom agora, mas o pé está desse jeito, ele não consegue andar direito e está piorando cada vez mais”, reforçou.


Também de acordo com Daiane o segundo Raio X apenas confirmou o que já aparecia no primeiro, o que comprovaria a enorme deficiência no atendimento que vem sendo prestado no pronto socorro.

Mas o pior foi que ao buscar o resultado do primeiro exame, foi informada de que havia sido perdido dentro do hospital e ela teria de pagar para obter outro.


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