15 de junho | 2008

Tendência é viver sem se envolver com casamento

Compartilhe:

 

Os entrevistados pela reportagem desta Folha no transcorrer desta semana, entendem que, pelo menos atualmente, as pessoas demonstram clara tendência de viverem sem se envolverem com um casamento, seja motivada pela busca do sucesso profissional, seja por própria opção de vida sentimental.

No entanto, é uma escolha que deve ser muito bem pensada, porque, conforme avisa o padre José Aparecido da Silva, o ser humano foi feito para se relacionar com outro e pode até preferir viver sozinho, ou seja, ter uma vida mais independente de maneira a não ter que dar satisfação a ninguém.

"Mas sozinho ninguém vive. É claro que as pessoas querem tem uma pessoa na casa dela e isso leva a um momento de solidão, mas não sei até que ponto a pessoa suportaria uma vida assim", comenta.

Para o padre é, porém, uma tendência que deve acabar em poucos anos, com as pessoas, mesmo que deixando o casamento religioso de lado, buscando a vida a dois ao menos casando legalmente em cartório. "Acredito que em mais uns cinco anos as pessoas voltarão a viverem juntas", acrescenta.

As facilidades proporcionadas pela tecnologia, como, por exemplo, o Orkut, além de outras formas de relacionamento proporcionadas pela Internet, geram uma tendência mundial pela opção de viver sozinho. Pelo menos este é o pensamento da advogada Silvana de Sousa.

"Isso depende muito da região que a pessoa vive. Se numa cidade pequena a tendência é ter um relacionamento duradouro e se casar, mas se numa cidade com maior número de habitantes a tendência é a do ficar", explica.

Já para a psicóloga Juliana de Cássia Ducatti a estabilidade financeira interfere na decisão: "Se a pessoa quiser viver só pelo lado profissional a tendência é morar sozinha, mas não sem ninguém. Ela pode ter um namorado antigo ou tem uma pessoa com quem ela fique e não chegar ao casamento, mas apenas para poder ter alguém".

Porém, o pastor da Igreja Assembléia de Deus Ministério do Belém, Pedro Pernas Pascoalette, não concorda com a tendência da escolha pela autonomia dentro de casa vivendo sozinho, mas aponta para a solidificação da alteração de comportamento dos casais.

"A tendência é os casais viverem pouco tempo. Pega um e pega outro. Na a nossa sociedade não se fala mais de casar, mas ‘passar’ (sic) um contrato e se não der certo desfazer imediatamente. Não vejo possibilidades do homem ou a mulher ficarem sozinhos", asseverou.

Embora considere uma situação bastante negativa, até por causa do reflexo que pode afetar aos filhos do casal e em razão de disputa para saber quem vai ficar com a guarda dos mesmos, afirma que uniões de curta duração devem prevalecer. "Vejo possibilidade de ficarem três meses, seis ou até um ano e largar para se juntar a um outro parceiro. Do jeito que a nossa sociedade está vivendo, está caminhando para viver desse jeito", acrescenta.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas