De acordo com nota publicada na imprensa regional no último dia 7, o prefeito eleito Eugênio José Zuliani, "Geninho Zuliani", deverá anunciar na segunda-feira da próxima semana, dia 10, os nomes que comporão sua equipe de primeiro escalão e, também, os que comporão a equipe de transição de governo.

No entanto, a mesma nota diz que interlocutores de Geninho dizem que, até o momento, não receberam qualquer sinalização de que o prefeito Luiz Fernando Carneiro vá colaborar com a transição. Segundo ainda o jornal, procurado na quinta-feira, dia 6, Carneiro não quis comentar o assunto.

Por outro lado, numa entrevista publicada na terça-feira desta semana, dia 4, pelo mesmo jornal, Geninho falou sobre a montagem do seu secretariado: "A maior preocupação é saber montar um time técnico. Colocar cada macaco no seu galho. Há dois caminhos: fazer uma administração voltada aos amigos ou fazer uma administração totalmente técnica".

Perguntado então, sobre qual caminho escolheria, afirmou: "O segundo, não tenha dúvida. Temos cerca de 70 cargos em comissão. Vamos nomear no máximo 35 e só pensar no resto a partir de abril. Conforme as dívidas que herdaremos, não vou nomear mais ninguém. Principalmente se constatar que esses 35 dão conta do recado.

Geninho falou das prioridades: "A Saúde está sucateada. Ambulância velha, falta de remédio e de médico. A saúde não dá para esperar. Se nos 100 primeiros dias contratar os médicos que faltam (cerca de 25), não deixar faltar remédio na farmácia da prefeitura e informatizar as UBSs, está de bom tamanho. Hoje é tudo na base do fichário.

Outra prioridade é deixar a cidade limpa. Olímpia está muito suja. Também vou implantar cinco semáforos na cidade. Hoje temos de 13 a 15 acidentes de moto por semana. A avenida Aurora Forti Neves (uma das principais da cidade) está uma roleta russa, porque não tem semáforo".

E como seriam os investimentos na Saúde: "Hoje temos seis unidades básicas. Não sei se vamos construir novas. Ainda preciso estudar melhor o assunto. Médicos novos, seriam R$ 40 mil mensais de despesa. Na limpeza pública, vamos aproveitar funcionários de carreira e montar uma frente de trabalho".

Por outro lado, não descarta a possibilidade de herdar dívidas da atual administração: "Em agosto, a dívida era de R$ 4 milhões. Acabada a eleição, a administração travou, para tentar zerar (o déficit). Mas tenho minhas dúvidas se zera. Para um orçamento de R$ 50 milhões, é muito dinheiro. Pode ser que eu herde alguma dívida".