20 de fevereiro | 2017

Secretaria da Educação pode estar ocultando a insegurança de alunos em escola municipal

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Ao negar documento relatando o fato a um pai que por pouco não teve a filha levada ilegalmente possivelmente por amigas da mãe que chegaram a entrar no estabelecimento, a secretária da Educação do Governo Fernando Augusto Cunha, Maristela Aparecida Araújo Bijotti Meniti, pode estar querendo ocultar a situação de falta de segurança dos alunos existente na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Professor Maurício Cesar Alves Pereira.

Pelo menos é esse o entendimento que se pode chegar, a partir do fato de Meniti não ter autorizado a diretora da unidade a confirmar o fato oficialmente, para o pai, que tem a guarda provisória da filha concedida por ordem judicial da Vara da Infância e Juventude. A finalidade de obter o documento era apresentá-lo à justiça para que tomasse medidas contra a mãe.

Por isso, o pai solicitou para a juíza convocar os envolvidos para depor no processo e depois mandar para promotora tomar as providencias cabíveis.

Consta que no dia 09 de fevereiro, próximo passado, por volta das 16 horas, o pai recebeu uma ligação da escola informando que havia mulheres procurando pela sua filha naquele estabelecimento. De imediato, ele avisou que ninguém poderia retirar a menor, mas somente ele.

Preocupado com a segurança da sua filha, ele se dirigiu até a escola em busca de informações sobre o fato, tendo sido atendido pela vice-diretora da escola que em seguida chamou a diretora.

Durante uma reunião com ambas, ele foi informado por elas que foram vistas moças rodeando a escola e que em seguida uma delas, que se identificou como Adriana, foi até a secretaria indagando sobre vagas para uma criança naquele local.

Ocorre que enquanto isso uma outra mulher aguardava do lado de fora do estabelecimento de ensino e uma outra adentrou no estabelecimento, indo até o pátio, onde é realizado o recreio. Três outras funcionárias foram chamadas pela diretora para darem informação e confirmaram a ocorrência.

Uma delas, de nome C, que é inspetora de alunos, confirmou o que havia sido relatado pela diretora e acrescentou que enquanto as funcionárias da secretaria estavam entretidas dando explicações a uma das pessoas, ela flagrou uma moça já no pátio, conversando com a menor.

Ao ser indagada pela inspetora o que fazia dentro da escola, disse que teria ido levar lanche para a criança. A inspetora informou que pediu para que a moça se dirigisse até a diretoria e que esta simplesmente virou as costas e foi embora junto com as demais.

Diante das informações que recebeu e na qualidade de pai e responsável pela menor, por temer pela segurança e integridade de sua filha, ele solicitou que a direção da escola lhe fornecesse documento atestando o ocorrido, para que pudesse tomar providências, o que lhe foi negado.

Questionada sobre o motivo da negativa, a diretora disse que foi a Secretária da Educação que não permitiu que tal documento fosse fornecido.

OUTRO LADO

Por outro lado, a Secretaria Municipal de Educação informou à reportagem desta Folha da Região que o caso dessa criança foi um fato isolado e que todas as providências possíveis foram tomadas pela direção da EMEB Professor Maurício César Alves Pereira.

Além disso, ressalta que, assim que a direção obteve a informação de que a criança estava sendo procurada na escola, o pai foi comunicado imediatamente pela diretora que desconhecia o fato de ser a própria mãe da criança que a estava procurando.

A Secretaria de Educação informa também que a segurança da instituição é reforçada por inspetores de alunos e demais servidores públicos de carreira.

Quanto à entrega de qualquer documentação de prontuário, a secretária explica que, por ser sigiloso, só pode ser fornecida mediante ordem judicial.

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