26 de março | 2008

Secretaria confirma chegada de nova praga à citricultura paulista

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Através de um laudo elaborado pelo seu Instituto Biológico (IB), a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, confirmou oficialmente na segunda-feira, 24, desta semana, a ocorrência de “mosca negra dos citros”, uma nova praga que surge para aterrorizar ainda mais a citricultura paulista.

O laudo foi elaborado a partir de uma suspeita formulada por um produtor do município de Arthur Nogueira à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), que, há duas semanas, realizou a coleta de material e encaminhou para análise no IB.

Levantamento realizado pela CDA já constatou a presença da mosca negra em quatro municípios: Arthur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho e Holambra na região do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Mogi Mirim. Também estão sendo investigadas propriedades de citros nos municípios dos EDAs de Campinas e Limeira.

Segundo o diretor da Defesa Sanitária Vegetal da CDA, Mário Tomazela, para a continuidade do comércio para outros Estados, é necessária a lavagem dos frutos. A legislação também determina a pulverização nas áreas afetadas com produtos registrados.

Além dessas exigências, explicou, é necessária a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), só emitida com a apresentação do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) sob responsabilidade de um engenheiro agrônomo habilitado pela CDA.

Para atender à demanda, está em estudo novo credenciamento de engenheiros agrônomos da iniciativa privada para habilitação de responsáveis técnicos na emissão de CFO.

De origem asiática, a mosca negra dos citros (Aleurocanthus woglumi) é encontrada em vários países americanos e em alguns Estados brasileiros como o Pará. O inseto pode ser encontrado durante todo o ano.

Apesar das plantas cítricas serem as mais favoráveis para o desenvolvimento populacional da praga, ela pode se hospedar em mais de 300 espécies de plantas, como videiras, cafeeiros, mangueiras e mamoeiros.

No processo de alimentação, a mosca negra danifica as folhas novas em crescimento. Sobre o líquido eliminado pela praga, cresce o fungo causador da fumagina que cobre as folhas e frutos, reduzindo a respiração e fotossíntese. As perdas da frutificação variam de 20% a 80%.

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