30 de maio | 2011

Saúde chega a registrar 6 novos casos de dependência de drogas num mesmo dia

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De acordo com informações obtidas há aproximadamente 20 dias, chega-se à conclusão de que por causa da verdadeira epidemia que envolve o consumo de drogas na cidade, atingindo todas as classes sociais, o Ambulatório de Saúde Mental de Olímpia, que funciona junto ao Ambulatório de Referência e Especialidades (ARE), no Centro de Saúde Dr. Waldemar Lopes Ferraz, conhecido popularmente por “postão”, há semanas em que são registrados seis novos casos de dependência química por dia.


“Aqui no ambulatório, que a procura é espontânea, tem semana de atender 4, 5 e até 6 casos novos por dia de usuários”, disse uma profissional que atua na área, mas que, embora tivesse combinado de informar mais detalhes a respeito da situação, continua solicitando que seu nome seja preservado. Inclusive, preferiu não se manifestar mais, até no sentido de mostrar o trabalho que é desenvolvido, no combate a um problema que é muito sério.


Principalmente no caso dos entorpecentes ilícitos, como, por exemplo, o crack – droga mais barata e, consequentemente de mais fácil acesso a qualquer camada da população – a dependência química, segundo explicações que esta Folha obteve, não escolhe uma faixa etária.


Quer dizer, não há uma idade determinada que seja a preferida pela dependência química, pois as idades. Segundo as informações, variam de crianças com 11 anos de idade, indo até aos adultos, como no caso de um dependente do sexo masculino, com 55 anos.


“Agora ele chegam, quando esses casos chegam ou estão no fundo do poço ou vêm porque estão em busca de um novo caminho”, observou a informante.


Até mesmo em razão disso é que fica difícil mapear a questão e saber qual, ou quais os polos sociais da sociedade devem ser considerados mais precários e carentes de ações mais enérgicas. “Você já imaginou quantos na cidade, que tem por aí, que não procuram por ajuda?”, questionou.


No entanto, é impossível calcular quantos usuários de drogas há no município de Olímpia, mesmo no caso dos que já entraram em fase de tratamento. “Uma porque tem muita gente fazendo tratamento em outras cidades (para garantir privacidade) e há muitos que vêm uma ou duas vezes e depois somem”, acrescenta.


Mas, mesmo em relação a pacientes que se tratam em Olímpia, não é fácil chegar a uma quantidade definitiva. Na cidade, além do ambulatório que se pode considerar o caminho oficial para um tratamento contra a dependência, há o Ambulatório Renascer, ligado à Pastoral da Sobriedade, e NA (Narcóticos Anônimos).


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