27 de dezembro | 2010

Santa Casa deve pagar 13º salário só em janeiro de 2011

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Ao que tudo indica a Santa
Casa de Olímpia parece não estar vivendo seus dias melhores. Pelo
menos é isso que se pode depreender da informação de que deverá
pagar o 13.º salário dos funcionários, apenas no dia 10 de janeiro
de 2011. O valor devido não foi pago nem parcelado, nem à vista até
o dia 20 de dezembro.

Na terça-feira, dia 21,
apenas um comunicado do não-pagamento, com pedido de desculpas, foi
afixado no mural. No dia seguinte o provedor, comerciante, Marcelo
Elias Nagem Galette, manteria reuniões com cada setor do hospital,
explicando a situação.

Se não pagou o 13º
salário, Galette garantiu que fará o pagamento referente a dezembro
destes funcionários, antes do 5º dia útil de janeiro. Para tanto,
contará com um repasse de R$ 255 mil, a receber no começo daquele
mês.

A folha de pagamento totaliza R$ 210 mil. Já o 13º
será pago com a subvenção oficial da prefeitura, de R$ 65 mil,
valor que deverá entrar no caixa logo no início do ano.

Galette disse ainda
que até tentou fazer um empréstimo na CEF (Caixa Econômica
Federal), mas que “os juros absurdos” (sic) o desencorajaram.

Porém, segundo a
ex-provedora Helena de Souza Pereira, o hospital não teria
conseguido o empréstimo porque estaria com o nome no Cadin

(Cadastro de Inadimplentes), “devendo para muita gente de
novo”, disse ela.

O provedor diz que o
pagamento só não sairá se a prefeitura não liberar o repasse.
Mas, segundo ele, ainda assim poderá dar um jeito. Faltam quase R$
100 mil para inteirar a folha.

Os médicos também não
receberam a disponibilidade, pivô da crise gerada no início do ano,
que resultou na intervenção da prefeitura e destituição da
diretoria. “Os médicos sabiam que o orçamento da Santa Casa
estava ‘estourado’”, alega Galette. De acordo com ele, os
médicos também receberão somente em 2011.

Por outro lado, para
Galette a intervenção do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho,
decretada na Santa Casa com aval do Ministério Público de Olímpia,
teria sido uma decisão errada e num momento inadequado.

“Foi naquele momento dos
repasses, que por conta das discussões, ficaram parados. Logo em
seguida vieram as eleições, que atrapalharam mais ainda a
situação”, reclamou o provedor.

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