20 de setembro | 2009

Rodovias indicadas pelo DER estão entre mais perigosas

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 Pelo menos duas rodovias indi­cadas oficialmente como rotas alternativas à interdição da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), de São José do Rio Preto, estão relacionadas entre as mais perigosas da região noroeste do Estado de São Paulo. Tanto a rodovia Armando de Sal­les Oliveira, “Rodovia da Laranja”, também conhecida por ‘Rodovia da Morte’, quanto a federal BR-153, Transbrasiliana, são conhecidas pela quantidade de acidentes fatais já registrados.

A Rodovia da Laranja, por e­xem­plo, um levantamento realizado em um trecho de 119 quilômetros, mostra que nos três cinco primeiros meses desse ano, houve 22 acidentes que, embora nenhum com vítima fatal, deixaram 29 pes­soas feridas. No entanto, em 29 meses pesquisados, a constatação é de uma vítima fatal a cada sete quilômetros.

Os números foram divulgados re­centemente em reportagem pu­blicada no jornal Diário da Região, de Rio Preto. O levantamento mostra a incidência de acidentes em seis rodovias que cortam a região. O resultado? Uma morte a cada dois quilômetros e 783 me­tros. No período foram re­gis­trados 5.827 acidentes, com e sem vítima.

Segundo o jornal, para definir o nível da violência do trânsito nessas estradas, foi dividido o número de mortos (287) e de feridos (3.974), entre 1º de janeiro de 2007 e 31 de maio de 2009, por 799 quilômetros de estradas: trecho regional da BR-153, Armando Salles de Oliveira (SP-322), Euclides da Cunha (SP-320), Assis Chateau­briand (SP-425), Washington Luís (SP-310) e Feliciano Salles Cunha (pro­longamento da SP-310). Pelo mesmo cálculo, chega-se ao número de cinco feridos por quilômetro nestas vias.

Na BR-153, no período e trecho pesquisado, grande parte dele consta na rota ofertada pelo DER, foram registrados 1.592 acidentes com 84 mortes e 12.353 feridos. A consulta realizada, segundo o jornal, indica que houve uma vítima fatal a cada 619 metros.

Rotas oficiais

Nas rotas indicadas oficialmente pelo DER, há pelo menos três opções de rotas alternativas. As rodovias Transbrasiliana, Armando Sales de Oliveira e Pedro Mon­te­leone, que ficam no entorno, foram indicadas para serem utilizadas como desvios.

Na rota 1 a orientação é para quem esteja em Olímpia utilizar a rodovia Armando de Salles Oliveira até as proximidades de Icem, on­de pegará a rodovia Transbra­siliana, seguindo até Rio Preto, um percurso cerca de 60 quilômetros maior que o original, onde é cobrado um pedágio no valor de R$ 2,60.

Na rota número 2, passando por Bebedouro, também utilizando a Armando de Salles Oliveira, depois a rodovia Pedro Monte­le­one até Catanduva e, seguindo pe­la Washington Luís até Rio Preto, pagando pedágio de R$ 10,20, na praça de Catiguá. Nesse caso andará cerca de 55 quilômetros a mais.

Porém, há uma rota um pouco mais curta que é sair de Olímpia e ir até Tabapuã, por meio da vi­cinal Natal Breda. De Tabapuã, segue-se pela estrada vicinal José Maria Albuquer­que, até Uchoa e, em seguida, até à rodovia Washington Luís, para che­gar a Rio Preto. Nesse caso há uma praça de pedágio em Taba­puã que cobra o valor de R$ 2.

Ponte

O DER, em comunicado enviado a prefeitura de Olímpia, informou que, em decorrência da execução das obras de reconstrução da ponte sobre o rio Tur­vo, na altura do quilômetro 157,5 da rodovia Assis Chateua­briand (SP-425), trecho entre Olímpia e São José do Rio Preto. Inicialmente, o período previsto para a interdição, que começou na quarta-feira, dia 16, é de 60 dias.

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