24 de agosto | 2014
Rizzatti não sabe o que Geninho faz para gastar R$ 180 milhões
O ex-prefeito José Fernando Rizzatti, tido como padrinho e, em parte considerado um dos responsáveis pelo início da vida pública de Eugênio José Zuliani, deu a entender em uma entrevista recente que não sabe o que o atual prefeito faz para gastar R$ 180 milhões. Dizendo que a administração é ruim, principalmente em relação à saúde, ele compara o orçamento de R$ 30 milhões que tinha com o de R$ 180 milhões que Geninho tem hoje, 14 anos depois. “É uma diferença muito grande”.
Por outro lado, diz que as invasões de sem tetos são geradas pela especulação imobiliária gerada pelo desenvolvimento do turismo.
De acordo com Rizzatti, os imóveis, sejam casas ou terrenos que pertencem a famílias mais pobres, localizados nas proximidades do Thermas dos Laranjais, estão sendo mais valorizados e mais procurados por grandes investidores.
Por outro lado, os assentamentos de sem tetos que têm sido registrados nos últimos anos são gerados pela especulação imobiliária, no caso de Olímpia, gerada pelo desenvolvimento do segmento turístico. No caso local os imóveis, sejam casas ou terrenos, localizados nas proximidades do Parque Aquático Thermas dos Laranjais, estão sendo mais valorizados e mais procurados por grandes investidores.
Pelo menos é isso que se pode entender de uma afirmação feita pelo ex-prefeito José Fernando Rizzatti(foto), no final da manhã do sábado, dia 9, durante uma entrevista que concedeu à rádio Difusora AM. Além disso, afirma que a Prefeitura Municipal tem grande parte da responsabilidade pela situação. “A Prefeitura tem que estar atenda para isso”, assevera.
De acordo com Rizzatti, “agora os moradores estão sendo procurados diuturnamente para fazerem a venda para especuladores imobiliários, por esses grandes empreendedores. Agora, o Social e a Prefeitura vão ter que medir muito bem essa questão”.
Além disso, afirmou que são as vendas dessas casas e terrenos localizadas no Jardim Boa Esperança, antigo Pedregal, talvez o primeiro assentamento de sem tetos de Olímpia, ao lado do Jardim Santa Ifigênia, na zona norte da cidade, que estão provocando agora, as invasões dos sem teto, como ocorreu recentemente na cidade, quando centenas de famílias invadiram algumas áreas e foram retirados por determinação da justiça que atendeu pedido de retomada de posse feito pela Prefeitura Municipal.
DESFAVELAR 450 BARRACOS
Foi o ex-prefeito Rizzatti que deu início ao processo de desfavelamento daquele assentamento. Ele relembra que inicialmente realizou as obras de infraestrutura: “Agora, a questão do Pedregal, ali nós compramos dois terrenos, compramos o terreno da Paróquia Nossa Senhora Aparecida e mais um terreno que pertencia à família Alencar, 17 mil metros quadrados. Nós entramos ali com 450 barracos. Hoje todos os moradores que estão ali tem um documento”.
Mas é justamente o documento de posse que esses moradores têm que tem causado preocupação a Rizzatti: “Agora, quero mandar um recado para esses moradores que eles têm um documento na mão, que é um documento de posse. Esse terreno que era da Fepasa está em posse hoje do Governo Federal que está repassando para as Prefeituras, para a Prefeitura poder dar a escritura para esses moradores. E quem não tem esse documento não tem a posse”.
José Fernando Rizzatti foi à emissora de rádio para falar sobre habitação e até contestar uma afirmação do prefeito Eugênio José Zuliani, de que os prefeitos anteriores construíram poucas unidades habitacionais.
“Não estou aqui para criar polêmica, não estou aqui para criar uma discussão. Estou aqui porque … eu não venho a uma emissora de rádio há muito tempo, mas às vezes a gente se sente humilhado. Então, a verdade é que no meu governo nós fizemos quase duas mil casas. Essa é a questão. Naquela época eu tinha uma dificuldade muito grande porque a caixa (CEF) não tinha esses programas”, afirmou.
Segundo Rizzatti, naquela época havia apenas as Cohab de Ribeirão e Araçatuba: “A Prefeitura tinha que comprar o terreno. Tinha que assumir toda a infraestrutura (guia, sarjeta, asfalto, iluminação, água e esgoto)”. “Então, era um custo muito alto e nós conseguimos fazer a Cohab III e a Cohab IV. A Cohab III começou com o Wilson, comprou o terreno, mas o grosso ficou par a minha administração”.
Além disso, informou que fez também quase 500 casas nos distritos de Ribeiro dos Santos e Baguaçu, as casas CDHU Esperandio Cristofalo, Tropical II, Campo Belo e Alvorada (250 casas nos dois), algumas concluídas pelo ex-prefeito José Carlos Moreira. “Então, a participação do meu governo foi muito importante”, finalizou.
Rizzatti diz que problemas com saúde são
ligados à forma deste governo administrar
O ex-prefeito José Fernando Rizzatti, tido como padrinho e, em parte considerado um dos responsáveis pelo início da vida pública do prefeito Eugênio José Zuliani, afirmou que os problemas que são comumente verificados no setor da saúde pública de Olímpia estão diretamente ligados à forma de administração implantada na Secretaria Municipal da Saúde.
A afirmação foi feita durante uma entrevista que ele concedeu à rádio Difusora AM no final da manhã do sábado, dia 9, depois que uma ouvinte – que não se identificou – telefonou afirmando que sofre com problemas de labirintite ligou reclamando que espera por um exame desde o ano de 2012.
“Isso é uma questão hoje nacional: saúde. Eu fui provedor da Santa Casa durante 12 anos. Tinha dificuldades? Sem dúvida nenhuma, mas essa questão eu acho que não poderia acontecer e nem a gente ouvir uma questão desta. É uma questão de prioridade. Uma questão de administração da própria secretaria”. E acrescentou: “Eu sempre comentei, sempre tive liberdade de colocar a secretaria da saúde e da educação como prioridades no meu governo e dando liberdade e autonomia para os secretários fazerem as suas gestões. Lógico que sob o meu comando porque tinha que ser pessoa de confiança. Agora, Olímpia hoje não tinha que ter esses problemas”.
COMPARAÇÃO DE ORÇAMENTOS
Além disso, Rizzatti fez uma comparação entre o orçamento que a Prefeitura tinha em sua época e o que tem atualmente. De acordo com ele, em suas administrações Olímpia tinha “40 mil, 45 mil habitantes. De lá para cá não mudou muita coisa. A Prefeitura não mudou muito. A Prefeitura que eu tinha 1,2 mil funcionários quando hoje tem 1,5 mil funcionários. Então, não mudou nada. Não tem uma diferença muito grande”, comparou.
Entretanto, Rizzatti aponta o que entende ser uma grande diferença: “A diferença grande é apenas que quando eu deixei a Prefeitura em 2000, a Prefeitura tinha um orçamento de R$ 30 milhões e hoje tem um orçamento, 14 anos depois, de R$ 180 milhões. Então, é uma diferença muito grande”.
Ao ser questionado se era mais fácil administrar no tempo dele ou se agora, ele respondeu: “Hoje a coisa está uma teta. Sem dúvida nenhum mudou completamente o comportamento. Na nossa época não existiam as emendas. Nós tínhamos que mendigar junto ao secretariado para levar ao conhecimento do governador para ter as suas autorizações. E eram difíceis.
Era muito difícil esse entrosamento da questão política, partidária, essa coisa toda. Hoje não. Hoje os deputados têm as emendas e as emendas hoje dão um requisito importante para você poder administrar o município”.
Além disso, não vê Olímpia sendo bem cuidada pelo atual prefeito, principalmente no que se relaciona ao segmento do turismo: “Ela está bem cuidada assim, depende de que parte. Porque se hoje formos ver a nossa situação, a realidade de hoje que é o turismo, ela não está sendo bem cuidada. Mas em termos do município, da cidade em si, ela está sendo bem cuidada. Mas falta ainda muita coisa para chegarmos ao ideal. Esse é o meu ponto de vista”.
José Fernando Rizzatti comentou também sobre as máquinas que poderiam ajudar na manutenção da cidade: “O maquinário na Prefeitura nunca foi muito suficiente não. Do (tempo do) Marreta para o Wilson era a conservação das máquinas antigas. Nós compramos algumas máquinas. Eu acho que foi a última vez que a Prefeitura adquiriu pá carregadeira e moto niveladora”.
E acrescentou: “Não sei se o Carneiro também comprou, acho que uma moto niveladora. Mas o resto foi tudo sucateado e a administração dele (Geninho) não pensa dessa forma, hoje a administração pensa em terceirização, prestadora de serviços. É uma forma de governar também”.
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