13 de junho | 2020

Região de Olímpia regrediu por ficar no vermelho na variação do número de internações e de óbitos

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Dois ítens no vermelho!
Número de internações foi o que mais
evoluiu e o que mais complicou na regressão.
Governador diz que é vexatório para
prefeitos desobedecerem a suas
orientações e depois terem que
voltar atrás por medida judicial.



A região de Barretos (DRS 05) a qual pertence Olímpia teve regressão no plano de flexibilização da quarentena estabelecida pelo governo de São Paulo, em razão de ter apresentado variação excessiva no crescimento do número de internações e acima do normal na variação do número de óbitos.

A regressão, dentro do plano do governo, levou em consideração a análise dos números apresentados nos últimos dias em relação à capacidade hospitalar e a evolução da epidemia de todos os municípios que compõem a região.

No item capacidade hospitalar, onde são levados em conta taxa de ocupação de leitos de UTI reservados para a Covid-19 e o número de leitos por cada 100 mil habitantes, a região ficou na faixa verde, que é a penúltima das cinco fases previstas no plano. Nos últimos dias, a DRS 05 teve 27% dos seus 12,9 leitos de UTI para cada 100 mil habitantes ocupados.

AUMENTO DE INTERNAÇÕES FOI O QUE MAIS COMPROMETEU

Já no quesito evolução da epidemia, ficou na faixa amarela no item evolução de novos casos, mas se complicou nos itens variação de internações e de óbitos. No de internações, inclusive, foi o que atingiu a nota mais alta das regiões que regrediram para faixa vermelha (quando só funcionam as atividades essenciais). Portanto, estes dois últimos quesitos, variação de internações e óbitos foram os que levaram a região a regredir de faixa de flexibilização.

Na coletiva de imprensa, inclusive ficou ressaltado que mesmo com alta capacidade hospitalar, interior de São Paulo apresentou aceleração da propagação da doença, o que levou ao endurecimento.

O governador João Dória, ao explicar a regressão de faixa das três regiões que voltaram para o vermelho, no estado, destacou: “A mesma disposição e firmeza que temos para avançar com o Plano São Paulo teremos também para recuar, teremos para orientar medidas restritivas na quarentena”.

NÃO HOUVE ERRO NENHUM NO CASO DE BARRETOS, DIZ DÓRIA.

Respondendo pergunta dos jornalistas, o governador garantiu que não houve erro nenhum no caso de Barretos e Presidente Prudente, que retrocederam duas fases. "A avaliação do governo é que não houve erro algum. Cidades que merecerem, pelos índices, avançarem para uma faixa de maior liberação, avançarão, as cidades que deverão manter por conta de seus índices a sua posição, manterão, e as que tiverem que regredir, regredirão. Essa é nossa posição, clara e objetivamente."

Dória foi além e de forma velada parece ter ameaçado os prefeitos que ousarem desrespeitar as determinações do seu governo: “Chega a ser vexatório, um prefeito determinar a abertura, rompendo a orientação do governo do Estado, e em menos de 48 horas ter que fechar porque o Ministério Público determinou. E o pior ainda, os que recorrem e no recurso ainda perdem outra vez para o TJ – Tribunal de Justiça. É melhor seguir nossa orientação, serem colaborativos, serem leais com a sua população, preservando vidas, e seguindo a instrução correta da medicina e da Saúde!”, ironizou.

A secretaria do Estado do Desenvolvimento Econômico Patricia Ellen da Silva na reunião de quarta-feira, 10, explicou que Barretos atingiu um crescimento de internações de 93% acima da média da semana anterior, e 100 % em óbitos.

“O interior requer uma atenção pra região como um todo e se faz necessário o endurecimento das medidas restritivas devido ao momento de atenção que estamos vivendo. Vale lembrar que esta é uma medida cuidadosa do Estado porque nestas regiões nós temos leitos, continuamos investindo em leitos e a capacidade de atendimento continua sob controle”, garantiu.

O PLANO DE FLEXIBILIZAÇÃO

Durante esse período de pandemia do coronavírus, as 17 regiões administrativas do estado foram classificadas em fases, que são divididas em cinco cores: vermelha, laranja, amarela, verde e azul.

Os critérios de classificação das cidades por regiões e fases de cores levaram em conta a relação do número de leitos hospitalares, principalmente os de Unidade de Terapia Intensiva (UTI's), com o número de pessoas infectadas pela Covid-19.

Na fase vermelha não É permitida a abertura do comércio, apenas as atividades essenciais.

Na fase laranja é permitida a abertura do comércio e de serviços com restrição.

Na fase amarela já é permitida a abertura do comércio e de serviços, mas com restrições menores que as da fase anterior.

Na fase verde é permitida a abertura do comércio e serviços, ainda com algumas restrições.

E na fase azul será permitida a abertura total do comércio, e todo o tipo de serviço, sem restrições.

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