14 de dezembro | 2009

Redução de IPI para móveis pode aquecer vendas em até 60%

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A redução de 10% para zero a alíquota do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados, anunciada pelo Governo Federal, no dia 27 de novembro, pode aquecer o setor em até 60%, no comércio de Olímpia. Pelo menos é isso que se depreende das informações obtidas na quarta-feira, junto a comerciantes que atuam no segmento. Segundo eles, antes mesmo do anúncio da redução, que está prevista para durar até o mês de março, a expectativa era para um aquecimento de até 20% por causa do final de ano.

De acordo com o gerente da J. Mahfuz, Marcelo Carvalho, assim como aconteceu no caso da redução aplicada na linha branca, eletrodoméstico, que teve um aquecimento de 70%, a medida vai melhorar as condições de compra para os consumidores, que normalmente buscam investir parte do 13.º salário, na troca de seus mobiliários.

“Tenho certeza que vai melhorar até cerca de 60% no mínimo, principalmente nesse final de ano”, avaliou. Segundo o gerente, a expectativa já era boa para o mês de dezembro. Sem a medida, segundo informou, estava trabalhando com uma previsão de aumento de aproximadamente 20% nas vendas durante o período de Natal e Ano Novo.

Carvalho informou ainda, que há produtos em que o preço deve reduzir em até 12%. Nesse caso, ele cita como exemplo um guarda roupas que custa de R$ 1.299, o valor deve cair pra aproximadamente R$ 1,1 mil. A redução favorece o consumidor tam­bém, no caso de comprar para pagar em várias prestações. “Na verdade vai sair no valor do preço à vista”, observou.

A empresa, agora, também de acordo com Carvalho, espera que medida idêntica seja adotada para a chamada linha marrom, que abriga os produtos de áudio e vídeo. “Essa linha sempre vendeu muito bem, mas infelizmente teve uma queda de tempos para cá”, afirmou.

FABRICAÇÃO PRÓPRIA

A redução é um incentivo muito grande para o setor, seja para os lojistas, seja para o fabricante, conforme observa José Paulo Sottero, proprietário da loja Móveis Santa Irene. “Esperamos que quem lucre com essa medida seja o consumidor final”, assevera.

No meu dele, por exemplo, que é também fabricante, a medida possibilita adquirir a matéria-prima também com a isenção do IPI, o que torna o produto mais barato para a revenda.

Por isso, nesse período de final de ano, Sottero acredita que o incentivo faça crescer ainda mais as vendas. Ele que já acreditava num crescimento entre 20% a 30%, agora trabalha com a expectativa de que cresça até 50% aproximadamente.

“Até mesmo os móveis que adquirimos antes da redução da alíquota poderemos premiar nosso consumidor, porque mais para frente vamos ser isentados também desse imposto. Por isso, acredito que o consumidor no final vai pagar em cerca de 10% a menos”, prevê.

O comerciante José Aparecido Passi, sócio-proprietário da loja Passi Móveis, também comemora mais essa redução de IPI, fator que já teve experiência, também, com a linha branca. “Quem vai sair ganhando com isso são os clientes”, avisa.

Antes do anuncio da redução ele já trabalhava com a expectativa de um aquecimento de aproximadamente 15% no setor de móveis, por causa do período de Natal e Ano Novo. Agora, acredita que esse crescimento nas vendas chegue até a 25%.

Passi avalia que com a redução da alíquota pra zero, a diferença no preço para o consumidor chegue a 6% ou 7%. A medida, segundo ele, vem de encontro com todos os fabricantes e lojistas e “quem sai ganhando com isso é o cliente, porque terá um custo menor na mercadoria que adquirir”.

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