30 de maio | 2011

Questões sociais e emocionais levam à dependência química

Compartilhe:
 
As questões sociais e emocionais sentidas cada vez mais intensamente pelo ser humano podem ser uma das causas, pelo menos, que levam uma pessoa à dependência química. Uma doença que tem cura, mas que exige muito esforço e dedicação das autoridades responsáveis pelo setor de saúde pública de um município, isto se for considerada apenas a realidade atual de Olímpia.


“Hoje sabemos que a dependência química é uma doença que afeta o cérebro”, diz a profissional da área consultada, que atua no Ambulatório de Saúde Mental de Olímpia, que funciona junto ao Ambulatório de Referência e Especialidades (ARE), no Centro de Saúde Dr. Waldemar Lopes Ferraz, conhecido popularmente por “postão”.


“Uma doença como diabetes, hipertensão, algumas pessoas desenvolvem e outras não”, acrescenta. Mas as causas da dependência podem ser as mesmas, independente de ser ou não o caso de uma pessoa adulta.


“Envolve uma fragilidade emocional, dificuldade muito grande de lidar com frustrações e o que importa muito é que a dependência (química) se instala após o primeiro uso (da droga)”, explica.


Pelo que se nota das explicações, a dependência química está intimamente ligada a fatores genéticos. Quer dizer, a possibilidade da pessoa já nascer e ter que conviver com o problema para sempre não deve ser uma questão a ser deixada de lado.


“Quem é dependente químico na primeira vez que usa já se estabelece a doença e ele continua.

Quem não é (dependente), usa uma vez, mas não gosta e para ou usa de vez em quando. Agora quem é dependente não (fica refém e tem que usar sempre)”, afirma a entrevistada.

Porém, as mesmas situações de dependência se encaixam também para as drogas lícitas, como a bebida alcoólica e cigarros comuns. “O uso de quaisquer outras drogas também faz parte da dependência química”, reforçou.


SERVIÇO

Para o tratamento da dependência química, as consultas são agendadas pelos usuários quando estes são encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS).


A demanda é passada por uma triagem onde as diversas situações são analisadas levando-se em consideração o grau de sofrimento do usuário permitindo critérios de priorização no atendimento, que são diários e gratuitos.


A unidade de Olímpia é composta por uma equipe multidisciplinar especializada em Saúde Mental e é formada por três médicos psiquiatras; três psicólogas; uma terapeuta ocupacional; uma assistente social; uma estagiária em psicologia; duas atendentes e uma auxiliar de serviços gerais.


Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas