22 de junho | 2008

Que presente o Padroeiro daria para Olímpia?

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Sem dúvida se o Padroeiro de Olímpia, São João Batista, for atender a todos os desejos da comunidade terá um fardo bastante pesado para carregar. Começando pela geração de empregos, setor que não atende o necessário de maneira geral e indo até à necessidade de recuperar a pavimentação de ruas, são vários os pontos abordados pelos entrevistados pela reportagem da Folha nesta semana.

O amor à cidade, por exemplo, é pedida de ambos os lados, tanto da classe política, quanto da população de maneira geral. Se faltam cuidados com a limpeza, por exemplo, sobrariam relaxos do povo que espalha os lixos em qualquer canto que não seja em frente à própria casa.

A área da saúde foi citada uma vez pelo atendimento precário em si, que tem gerado constantes reclamações e, até no setor de zoonoses por causa da grande quantidade de cães, por exemplo, que vivem soltos pelas ruas da cidade.

E além do empenho da população em todos os sentidos, também há quem clame que o comércio se organize melhor favorecendo os consumidores que normalmente saem para comprar em outras cidades.

A falta de atividades culturais, principalmente ligadas ao folclore também aparece como um item fundamental. Mas na questão cultural chegou-se ainda mais longe, ao solicitar que o cidadão deixe de pensar em si mesmo e eleja o bem comum dizendo "não às cestas básicas".

Na enquête desta semana, como não deveria ser o contrário, os entrevistados responderam ao questionamento "Dia 24 de junho, Olímpia comemora mais um dia do seu padroeiro, São João Batista. Se o santo tivesse o poder de dar um presente para Olímpia, qual seria o presente que você acha que deveria ser dado? Por quê?"

Opiniões

A vendedora Flávia Fonseca, por exemplo, entende que trazer várias empresas para o município pode superar a falta de emprego "para que todos fiquem empregados e que arrumasse a cidade, porque está muito feia e com muitos buracos. Vive com os carros e motos quebrados".

Além da saúde a perseverança para enfrentar os problemas é fundamental para a advogada Fabíola Ribeiro de Aguiar Parada: "Acho que seria o suficiente e primordial e não abusando muito do santo. Mas a pessoa com saúde, um pouquinho (sic) de perseverança e paciência consegue o que precisa".

O veterinário Sérgio Mendes também fala em saúde, só que de forma preventiva. "Gostaria que São João Batista auxiliasse São Francisco de Assis no intuito de melhorar a qualidade de vida dos animais da nossa cidade, reduzindo o número de abandonados e os maus tratos que às vezes a gente percebe. O animal na rua sem vacina pode ser portador de doenças que podem provocar dano para a saúde da população. A vigilância sanitária recolhe esses animais, mas gostaria que não tivesse necessidade de fazer esse trabalho", diz.

Comércio

O alerta ao segmento comercial partiu de Mario Eduardo Macedo Pereira: "O melhor presente seria o comércio dar uma melhorada e que ficasse mais movimentado e que a população dê mais prioridade em fazer compras na cidade ao invés de irem para Rio Preto comprar".

Já para o chaveiro Márcio Amâncio do Val a cidade está carente e merece mais amor: "Olímpia merece que a população passe a gostar mais dela e que faça mais por ela, porque tem muita pessoa só criticando e não fazendo nada. Preferem outras cidades do que Olímpia".

Para o correspondente bancário Luís Ferreira Chaves Junior "deveria ter mais empregos e melhor condição de vida para os olimpenses, ou seja, subsistência, saneamento, lazer e segurança. Tudo isso deveria ser visto".

O advogado Ricardo Rodrigues Malufi afirma que Olímpia não vai para frente por causa do povo e dos políticos: "O povo também está errado agindo sempre em beneficio próprio e aceitam presentes de políticos para conseguir o voto. A pessoa está pensando em si e não na coletividade.

Se aceita uma cesta básica em troca de um voto, está escolhendo essa pessoa pelo fato de ter ajudado só a ela. É uma ajuda de momento, porque a cesta básica acaba".

A balconista Letícia Nascimento de Oliveira diz que falta projeto cultural "que diminui bastante e deveria continuar naquele ritmo que vinha e estava crescendo. Já tinha até o internacional (festival do folclore) e o nacional também está acabando. Na educação não tem faculdade, não tem Senac, não tem nada em Olímpia. Cursos técnicos que você procura são raros de achar e quando acha raramente são bons. A maioria das pessoas tem que sair da cidade para estudar e depois sair para trabalhar".

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