19 de setembro | 2024
Quadrigêmeas de Olímpia recebem alta após quase 100 Dias na UTI e conhecem avós paternos
Após três meses internadas no Hospital da Criança e Maternidade em Rio Preto, as quadrigêmeas Lavínia, Laura, Helena e Heloísa foram recebidas pelos avós paternos, em Olímpia, em um emocionante reencontro familiar.
Da Redação com TV Tem – Após uma jornada de quase 100 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) em São José do Rio Preto, as quadrigêmeas Lavínia, Laura, Helena e Heloísa finalmente receberam alta médica e foram para casa. O reencontro com os avós paternos, marcou o início de uma nova fase para a família, que agora pode celebrar o fato de que as meninas estão saudáveis e fora de perigo.
Nascidas prematuras no dia 10 de junho, após apenas 28 semanas de gestação, as quadrigêmeas foram imediatamente internadas na UTI neonatal devido à sua fragilidade. Pesando entre 500 e 900 gramas no momento do nascimento, as quatro meninas precisaram de cuidados intensivos e monitoramento constante da equipe médica do HCM para sobreviver e se desenvolver adequadamente. A mãe, Viviane Papani, de 38 anos, e o pai, Eloi Richarti, de 42, que moram em Olímpia, acompanharam de perto essa longa e desafiadora jornada de suas filhas.
Eloi, emocionado com a alta hospitalar das meninas, compartilhou a alegria de ver as filhas finalmente em casa: “Foi o melhor presente que eu poderia receber. A primeira coisa que fizemos foi levá-las para conhecer os avós. Minha mãe está acamada e não pôde estar presente no hospital, mas agora pôde segurar as netas no colo pela primeira vez, algo que estávamos aguardando com muita ansiedade.”
A LUTA PELA MATERNIDADE
E A GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
Viviane e Eloi, casados há três anos, tentaram por muito tempo engravidar de forma natural, mas não obtiveram sucesso. Em dezembro do ano passado, decidiram recorrer à fertilização in vitro, um procedimento que implantou dois embriões no útero de Viviane. A surpresa veio quando um dos embriões se dividiu em três, resultando em três gêmeas univitelinas (idênticas) e uma quarta irmã, fruto do segundo embrião. O casal, que sonhava em ter pelo menos um bebê, acabou recebendo a notícia de que seriam pais de quadrigêmeas.
“A notícia inicial foi de que seriam gêmeas, mas quando os exames mostraram que uma das meninas havia se dividido, nós ficamos em choque, mas muito felizes. Foi um presente quadruplicado”, contou Eloi.
Apesar da alegria, a gestação foi considerada de alto risco desde o início, exigindo monitoramento constante por parte dos médicos. Viviane passou por toda a gravidez com acompanhamento rigoroso, até que no dia 10 de junho foi submetida a uma cesariana realizada por uma equipe de 30 profissionais no HCM de Rio Preto. As bebês nasceram saudáveis, mas extremamente pequenas e frágeis, necessitando de cuidados na UTI para ganhar peso e amadurecer os órgãos vitais.
RECEBIDAS COM ALEGRIA
E SUPORTE DA FAMÍLIA
Após a longa internação, Lavínia, Laura, Helena e Heloísa puderam finalmente ir para casa, onde passaram a ser o centro das atenções da família. Eloi destacou a importância do suporte que ele e Viviane têm recebido dos avós, tanto paternos quanto maternos, e de amigos próximos. “Nossa vida mudou completamente, mas estamos contando com a ajuda fundamental dos nossos pais e amigos. É uma mistura de alegria e responsabilidade, mas estamos prontos para essa nova fase”, afirmou Eloi.
Agora, com as quatro filhas em casa, a rotina da família passa por ajustes para cuidar das quadrigêmeas. “Nós sempre acreditamos que elas iriam para casa, embora houvesse momentos de medo. Agora, nosso foco é que elas cresçam saudáveis e felizes. Estamos vivendo um momento de pura alegria”, relatou o pai.
UM NASCIMENTO HISTÓRICO EM OLÍMPIA
Segundo informações do Cartório de Registro Civil de Olímpia, o nascimento das quadrigêmeas é um evento histórico para a cidade. Uma consulta aos registros revelou que este é o primeiro caso de quadrigêmeos na cidade desde a década de 1930, e um dos poucos em toda a região de São José do Rio Preto.
Durante a internação, Viviane foi uma das mães a adotar o chamado “método canguru”, que consiste em manter o bebê em contato direto com o corpo dos pais, ajudando a estreitar os laços e contribuindo para o desenvolvimento dos recém-nascidos. “Poder segurar minhas filhas pela primeira vez, senti-las tão perto de mim, foi algo indescritível. Essa conexão nos deu muita força para enfrentar cada dia”, relembrou Viviane, que pôde fazer o contato canguru poucos dias antes de receber alta.
Agora, com as filhas nos braços em casa, a família celebra cada pequeno progresso das quadrigêmeas, que vêm surpreendendo a todos com seu desenvolvimento.
UM FUTURO DE ESPERANÇA E ALEGRIA
Para Viviane e Eloi, o foco agora é garantir que as meninas cresçam com saúde e amor. “Vamos viver um dia de cada vez, sempre gratos por tudo o que conseguimos superar. Essas meninas são nossa maior felicidade, e estamos prontos para cuidar delas da melhor maneira possível”, concluiu Eloi.
Com um futuro promissor pela frente, as quadrigêmeas Lavínia, Laura, Helena e Heloísa são um símbolo de esperança e alegria, não apenas para seus pais, mas para toda a cidade de Olímpia, que acompanhou essa história com carinho e torcida.
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