04 de janeiro | 2012

Provedor recua e permite cirurgia após caso ir parar na polícia

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Depois que o caso foi parar na Delegacia de Polícia de Olímpia, o provedor da Santa Casa local, Mário Francisco Montini, acabou recuando e permitindo a cirurgia no garoto Allan Henrique Araujo Frias, que completará 10 anos no próximo dia dois de fevereiro.

A informação foi confirmada na tarde da quarta-feira desta semana, dia 04, pela dona de casa Gesiele Augusta Silva de Araujo Frias, mãe do menino. Segundo ela, a cirurgia foi realizada na tarde da terça-feira a partir das 14 horas e teve duração de aproximadamente 1h50. Allan recebeu alta hospitalar no início da manhã do dia seguinte.

A mãe reclama que o filho ficou praticamente 18 horas sem comer nada. A última refeição foi por volta das 21 horas da segunda-feira e pela manhã, antes de ir para o hospital, o menino tomou apenas menos de um copo americano de leite. Ele foi se alimentar somente por volta das 15 horas, após a cirurgia.

Também segundo Gesiele Araujo, o filho necessitava de uma cirurgia para alongamento de um tendão de uma das pernas (problema adquirido através de sequela do parto) e sua internação não foi permitida no início da manhã, conforme estava prescrito pelo médico Ricardo Schirato de Oliveira.

A mãe de Allan contou ainda que a decisão de permitir a cirurgia foi comunicada a eles enquanto estavam na Delegacia de Polícia, registrando o fato com o delegado Marcelo Pupo de Paula. Mas o caso de Allan não foi o único ocorrido na terça-feira desta semana na Santa Casa.

Consta que a proibição de uma cirurgia também estava imposta a um morador do distrito de Ribeiro dos Santos, vilarejo localizado na região norte do município de Olímpia. Se trata de uma paciente do também ortopedista Márcio Henrique Eite Iquegami, que passaria por uma amputação de dedo.

Segundo o boletim de ocorrência o fato que ocorreu no início da manhã de terça-feira foi comunicado à polícia às 11h59 e registrado na Delegacia de Polícia às 12h02.

Consta que o garoto e seu pai, o radialista Aguinaldo Mantovani Frias, relataram ao delegado que são conveniados da Unimed e a cirurgia inclusive já havia sido autorizada pelo plano de saúde.

Porém, ao chegarem ao hospital para a internação, logo no início da manhã, foram comunicados da proibição em razão do Ato Administrativo 13/2011, (parecidos com os Atos Institucionais que eram baixados no período da ditadura militar), imposto pelo provedor Mário Montini. O documento foi anexado ao boletim de ocorrência.

A atitude (proibição) do provedor foi tomada por causa da paralisação dos atendimentos de urgência e emergência dos médicos Márcio Henrique Eite Iquegami, Ricardo Schirato de Oliveira, Ailton Carlos Fernandes Carminatti e Gerson Aparecido Alfredo, únicos ortopedistas do corpo clínico do hospital

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