O provedor da Santa Casa de Olímpia, Mário Francisco Montini, está ameaçando cortar os atendimentos de urgência e emergência de pacientes que utilizam o convênio Unimed. A informação chegou por escrito à redação desta Folha, no final da tarde da sexta-feira desta semana, dia 3.

Segundo ele, mesmo sem o aporte financeiro da Prefeitura ao Hospital, a situação do atendimento do pronto-socorro continua normal.

Pelo que consta em uma das respostas, a prestadora de serviços de saúde, a partir de agora, com a extinção do serviço de emergência e urgência do SUS, terá que pagar ao hospital por este tipo de serviço e teria sido solicitado um reajuste no preço da tabela.

De acordo com Montini, os diversos planos de saúde que utilizam os serviços da Santa Casa inclusive reajustaram suas tabelas de preços de serviços e atualmente estaria restando sanar apenas a situação com a Unimed, de São José do Rio Preto.

“Os diversos planos de saúde atendidos pela Santa Casa já atualizaram a tabela de serviços, sendo que a Unimed, embora reticente no cumprimento de suas obrigações junto a seus usuários, já foi notificada pela Santa Casa de que, se nãopagar pelos serviços prestados, no prazo de 60 dias terá os serviços de urgência e emergência suspensos, cabendo aos usuários reclamarem a ela sobre seus direitos”, diz o provedor em uma das respostas.

Ao ser questionado se há algum dispositivo legal que obrigue ao hospital a manutenção de um pronto-socorro, Montini declarou que “o dever de prestar atendimento de urgência e emergência aos cidadãos é do Poder Público e não da Santa Casa que é uma Instituição Privada que presta serviços mediante uma remuneração formalizada através de contratualização de serviços”.

E continuou: “não é intenção da Provedoria extinguir tal tipo de serviço na Santa Casa, mas envidará todos os esforços para exigir a devida remuneração pelos serviços prestados, ainda que tenhamos que suspender atendimentos específicos como Unimed”, declarou.