06 de dezembro | 2015

Projeto prevê a preservação de nascentes do Olhos D’água

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Da redação e assessoria

A Divisão de Meio Ambiente, da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo  Ambiental, está colocando em prática a partir deste mês de dezembro, por tempo indefinido, o Projeto “Vida aos Olhos D’água”. O principal objetivo é proteger as nascentes do principal rio que corta o município e do qual é extraída a água que abastece pelo menos um terço da cidade.

O projeto compreende duas modalidades de atuação: plantio de mudas de árvores e recuperação de Áreas de Preservação Permanentes (APP) e o programa “Fossas Sépticas”. O córrego Olhos D’água possui 23 nascentes à montante da represa de captação, conforme levantamento feito por técnicos da autarquia. Nos próximos dias terá início o trabalho de mapeamento destas nascentes, quando os proprietários de áreas rurais que as abrigam receberão orientações e informações sobre o projeto.

Na manhã desta terça-feira, dia 1º de dezembro, foi realizada na sede da Superintendência entre o diretor-superintendente Marco Antônio Parolim de Carvalho, as técnicas Ana Lúcia Lopes Volfe, Assessora de Meio Ambiente, e Camila Valente Furquim Vicente, Assessora Setorial, reunião com o gerente de Meio Ambiente da Guarani, Edson Luís de Carvalho, que contribuiu com a experiência que aquela empresa tem em projetos semelhantes.

“Uma primeira ideia é cercar estas nascentes para preservá-las. Para isso, precisaremos da adesão dos proprietários das áreas onde elas estão”, observou o Marco Carvalho.

O exemplo é a própria Guarani, que desenvolve dois projetos principais neste sentido, em parceria com proprietários. “Nós fazemos um trabalho de recuperação destas nascentes e a consequente preservação delas”, explicou Edson Carvalho.

“As pessoas não sabem a importância disso. E elas precisam de informação, para que se possa encontrar um meio de conciliar as necessidades dos proprietários com a proposta da Daemo Ambiental”, prosseguiu. “Portanto, é necessário conscientizá-los sobre o porquê de se preservar nascentes”, concluiu.

O Sindicato Rural, Casa da Agricultura, a Olicana e a Prefeitura da Estância Turística de Olímpia também estão integradas a este projeto. As nascentes podem estar localizadas em ao menos 40 propriedades existentes na área abrangida pela micro bacia da represa de captação, sendo que, a nascente principal fica a uma distância aproximada de 10 quilômetros até a represa de captação de água. A área de proteção ambiental será cercada e revegetada com espécies florestais nativas da região como Ingá, Embaúba, Sangra-d’Água, Marinheiro, Capororoca, Canelinha, Jatobá, Angico e Ipê, recuperando uma área superior a 10 hectares.

CERCA DE PROTEÇÃO

Os cuidados a serem tomados dentro desta proposta abrangem cerca de proteção, poda, capina, roçada, irrigação, remoção de plantas invasoras, limpeza do leito do córrego, conscientização dos visitantes, proibição de queimadas, etc.

“Por isso é necessário o envolvimento não só da comunidade rural, mas da urbana também, com a participação das crianças, estudantes, ciclistas, escoteiros ou qualquer pessoa que queira participar das atividades de recomposição destas áreas. Esta área já é conhecida de muitos alunos da rede municipal de ensino, por meio das visitas monitoradas pela Ana Lúcia Lopes Volfe, no Projeto da Visita da Nascente, onde é percorrido todo o trajeto do Córrego Olhos d’Água até o manancial de abastecimento (Estação de Captação de Água – Córrego Olhos d’Água). O processo de recuperação destas áreas pode contemplar a regeneração natural, o plantio de espécies nativas, ou as duas coisas juntas”, conclui Camila Furquim Vicente.

FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA

Como ação auxiliar neste projeto de proteção às nascentes, a Daemo Ambiental está desenvolvendo também o projeto de substituição das chamadas ‘fossas negras’ pelas fossas sépticas biodigestoras naquelas propriedades rurais localizadas junto ao Córrego Olhos D’Água e acima da represa de captação. No momento, o projeto está em fase de cadastramento dos proprietários interessados. Caso o proprietário decida participar deste projeto, não terá nenhum custo, ela é feita gratuitamente.

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