06 de janeiro | 2008

Procura por capacetes triplica e lojas ficam sem estoques

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Quem deixou para a última hora para se adequar as novas normas do Contran para os capacetes de motociclistas, acabaram se complicando uma vez que, com a procura triplicada, as revendas de Olímpia praticamente tiveram seus estoques zerado e muita gente ficou sem ter onde comprar. Esta situação chegou a surpreender até quem atua há vários anos no mercado.

Da quarta-feira, dia dois de janeiro, em diante, o que se verifica é que os poucos que ainda estão à disposição dos motociclistas que necessitam trocar seu capacete, não atendem no quesito preço, pois são os mais sofisticados e, portanto, também mais caros.

O preço mais barato verificado nesta sexta-feira era de R$ 45. Só que nenhuma unidade disponível para venda. Os valores chegam a variar até R$ 160 em alguns casos. Os mais comuns, a partir de agora, estão sendo prometidos pelo valor de R$ 60, só que quando estiverem no estoque.

"Nós tínhamos um pouco, mas agora começou a faltar", avisou Edson Pedroso da Silva Filho, balconista do Trigo Motos. Ele contou que a procura chegou a dobrar.

Os modelos existentes, porém, nem todos à disposição do motociclistas de Olímpia, são: Samarino automático R$ 110, EBF R$ 60, Taurus (Formula-1) R$ 70, Fly automático R$ 98, todos modelos com a frente fechada. "No meu estoque acabou e está chegando um pouquinho e vendendo", enfatizou.

A previsão mais otimista para a normalização é para no mínimo 15 dias. Até, se nada for modificado, quando chegar algumas unidades, os clientes que chegarem primeiro vão adquirindo.

O proprietário da Promotos Concessionária Suzuki, Luciano Henrique Zonetti, percebe o aumento, mas não tem dados para uma comparação. "A gente nem tanto trabalha com comercio de capacetes, mas o que a gente tinha aqui foi tudo embora", informou.

Coma apenas algumas cores que ninguém compra, ele explica que o pedido de compra que fez pode demorar até cerca de 30 dias para ser entregue. "O pessoal disse que tem que fabricar e entrar na fila para entregar os capacetes", justificou.

Com expectativa de que tivesse algum exemplar até pelo menos neste sábado, Silas Aparecido Zatta, proprietário da Silas Moto Peças, embora tenha informado os modelos e preços: EBF R$ 60; Taurus (Formula-1) R$ 75; Peels F-7 R$ 75; Samarino de R$ 100 a R$ 120, avisou: "está em falta e tenho pouquíssimos".

Mais procurado

 O modelo mais procurado e também mais comercializado custa em média R$ 50. Um produto mais simples, mas com o selo do Inmetro e as fitas refletivas.

Antonio César Cabrelli, proprietário do Cabrelli Motos informou: "triplicou a procura por capacetes e o que está acontecendo é que não tem capacetes para todo mundo, nos pegou de surpresa".

Mesmo sem prever a situação, Cabrelli conta que fez pedido junto à fábrica no início do mês de dezembro e até nesta semana não havia sido atendido. "Diz que só vai começar a entregar a partir de fevereiro", explicou.

De acordo com ele a procura começou quando foi anunciada a exigência do Contran, quando passou a vender capacetes novos constantemente: "todo dia tem vendido e só aumentou devido ao comodismo do brasileiro em deixar tudo para a última hora".

As unidades que tem conseguido em revendedores de São José do Rio Preto, embora sem uma informação oficial dos fabricantes, já apontam para uma alta de aproximadamente 20% nos preços. O que ele vendeu a R$ 50, por exemplo, no dia 31 de dezembro, agora já está custando R$ 60.

 

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