28 de setembro | 2014

Processadores de cana negam a responsabilidade por queimadas

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Os processadores de cana-de-açúcar, ou seja, as usinas, negam ter responsabilidade pelas queimadas que têm sido verificadas na região. A Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) afirmou na terça-feira, dia 23, que o prejuízo com áreas queimadas para a próxima safra pode chegar a R$ 10 mil por hectare nos casos de destruição de cana abaixo do tamanho para ser processada.

De acordo com a informação publicada pelo Caderno Ribeirão, da Folha de São Paulo, nos casos em que a cana queimada ainda pode ser colhida, os prejuízos calculados são de R$ 1,5 mil. A instituição informou ainda que o incêndio nos canaviais é um dos fatores para a quebra da safra, estimada para 15% neste ano no Estado de São Paulo.

A seca recorde continua sendo o principal fator, mas o diretor da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues, diz que as queimadas também estão listadas entre as causas das perdas da safra de 2014.

Os problemas fizeram algumas usinas encerrarem a safra antes do previsto. Entretanto, a Unica pretende aguardar o fim da safra para contabilizar o número exato de áreas queimadas em 2014.

A presidente da associação, Elizabeth Farina, disse que o alto número de queimadas não é de responsabilidade das usinas: “A população costuma ver a queima como uma atividade para a colheita”.

Segundo a Unica, 83,7% da cana colhida na última safra já era mecanizada. “O investimento na mecanização foi maciço, não faz sentido o produtor queimar o canavial”, disse Rodrigues.

O diretor da Unica disse que a origem do fogo é criminosa e que a estrutura das usinas vem servindo para auxiliar o poder público no combate a todo o tipo de incêndios.

PROIBIDO

A queima da palha da cana-de-açúcar está proibida no período das 6 às 20 horas até o dia 30 de novembro. Sempre que o teor de umidade relativa do ar for inferior a 20%, a queima da palha será sus­pen­sa em qualquer período do dia.

Quem for flagrado fazendo a queima sem autorização ou no período de suspensão, po­de receber uma infração administrativa, com valor inicial de R$ 1 mil por hectare, que po­de chegar a R$ 50 milhões, além de responder criminalmente.

A população pode denunciar focos de queimadas irregulares na Cetesb, de Barretos, pelo (17) 3322 2655.

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