18 de março | 2007
Prisão de funcionária de escola comove cidade
A prisão em flagrante de E.C.B.N., de 37 anos, funcionária pública municipal na Escola Municipal de Ensino Infantil "Professora Irma Teresa Soares", localizada na rua Ângelo de Quadros Bitencourt, no jardim Santa Ifigênia, anunciada na manhã de sexta-feira (16) pelas emissoras de rádio locais, comoveu a cidade.
Na Rádio Difusora AM, cerca de 20 pessoas, a maioria mulheres, telefonavam a todo instante durante o informativo Acontecendo em Olímpia, lamentando o que tinha ocorrido.
A informação que mais chocou a população foi a que dava conta de que a funcionária estava internada na Santa Casa de Olímpia, escoltada pela polícia civil e por ter sido presa em flagrante, acusada de peculato – apropriar-se de bem público em razão do cargo – e de lá deveria seguir direto para o presídio feminino de Jaborandi.
Uma informação, não confirmada oficialmente, a prisão de ECBN teria ocorrido em função de uma decisão de um advogado da prefeitura, que teria se dirigido à escola acompanhando a secretária municipal de Educação. Várias tentativas de confirmar foram feitas pela emissora, porém sem sucesso.
Uma das mulheres que telefonou à emissora questionou o fato de pessoas que cometem crimes piores não serem detidas pela polícia: "Acho que tem que deixar a vaga na prisão pra pessoas que realmente praticam crime que estão soltas. Entraram na minha casa, levaram tudo, roubaram o som da minha filha, do carro e nada foi feito e a gente sabe quem foi, mas num dá pra prender essa pessoa porque é quadrilha, é difícil".
Uma outra mulher que mora no Jardim Cisoto, que conhece a família, disse não acreditar que tenha furtado um pacote de leite em pó: "Não é justo fazer o que estão fazendo com ela". Depois acrescentou que pelo que conhece dela não acredita: "isso é covardia. Tinha que chamar ela e a família pra ver primeiro, não chamar a polícia e fazer um escândalo desse".
Teve outra que fez menção em contratar o advogado da prefeitura que orientou para que a polícia fosse chamada e que gostaria de contratá-lo: "se ele é tão bom assim por causa de um saquinho de leite, então eu queria contratar o serviço dele pra ver se ele acha o assassino da minha filha".
E continuou: "A justiça não dá pra gente entender, já faz dois anos isso (morte da filha) e até hoje nada. Agora por causa de um saquinho de leite, de um dia pro outro a moça já vai pra Jaborandi"?!
Mesmo comovidas com a situação, as mulheres faziam questão de afirmar a necessidade de punição, caso seja comprovado mesmo o delito, mas sem o envolvimento da polícia. Todos e todas, sem exceção, destacavam o problema que estariam gerando para a família, principalmente aos filhos.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!
Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!