08 de fevereiro | 2009

Presos não estariam suportando a situação e prometendo rebelião

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 De acordo com o advogado Oscar Albergaria Prado (foto), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subsecção de Olímpia, os detentos não estariam mais suportando a situação subumana que vivem na cadeia pública de Severínia e até prometendo, a qualquer momento, fazer uma rebelião.

No entanto, Prado diz que tem pedido a eles que tenham paciência e aguardem uma solução para o problema da superlotação da cadeia. "Chegar num presídio desse aqui acaba deixando a gente chocado, inclusive", assevera o advogado.

De acordo com Prado, a cadeia, que foi construída para uma população de 16 presos ou no máximo 20, chega a ter, em determinados dias, mais de 40 detentos. Parte das pessoas que se envolvem em algum tipo de crime em Olímpia, na maioria dos casos, acabam sendo trancafiados em Severínia, ou, então, em Altair, onde o problema também é crucial.

"E todos eles com problemas de saúde. Há alguns que está há vários meses com o que eles mencionam tratar-se de furúnculo e outros com um tipo de alergia. Há uma série de situações. Estão impossibilitados de dormir e estão se revezando. As celas têm capacidade para 4 presos ou 5 e estão abrigando 10 pessoas", relata o coordenador da Comissão de Direitos Humanos.

Alguns dias atrás, segundo Prado, a cadeia de Severínia tinha 44 presos. "Hoje (3.ª feira) tem 40, porque alguns presos foram transferidos e outros já colocados em liberdade, mas essa situação pode, no final de semana, se agravar novamente, com uma quantidade maior de presos", estima.

Para Prado essa situação não pode continuar da forma como está, porque os presos não estariam suportando mais: "Pedimos que eles aguardassem com paciência algumas medidas que a gente vai tomar, para evitar algum tipo de problema com relação a rebelião ou alguma coisa nesse sentido".

Uma rebelião ou uma tentativa de fuga em massa, segundo Prado, poderia trazer alguns danos muito mais graves até para a população da cidade: "porque nós temos escolas na vizinhança, temos Centro de Saúde e tudo isso pode vir ocasionar problemas um pouco mais sérios".

 

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