Sem dar trégua a quem não concordava com a situação, o presidente do Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Olímpia, Jesus Buzzo, não deixou os descontentes se manifestarem e obteve apoio da maioria dos presentes (não se sabe se todos eram funcionários) para a aprovação da proposta do prefeito Eugênio José Zuliane, que não prevê um aumento de salários, nem mesmo a reposição da inflação, durante a assembleia realizada no final da tarde de terça-feira, dia 29, na Casa de Cultura Prefeito Álvaro Marreta Cassiano Ayusso.

A todo momento em que algum dos funcionários descontentes tinha a chance de falar ao microfone, Buzzo rapidamente interferia no sentido de atrapalhar a explanação da ideia que trazia para manifestar aos demais presentes.

E cada vez mais demonstrando pressa na aprovação, Buzzo se negou inclusive a responder um questionamento de uma funcionária que cobrava uma explicação para o fato da mudança de local da assembleia que antes estava marcada para a Praça Rui Barbosa, defronte ao gabinete do prefeito Eugênio José Zuliani.

De acordo com o sindicato, mais de 340 prováveis servidores compareceram e, em pouco tempo Jesus Buzzo e sua diretoria convenceram a maioria, aproximadamente 82% dos presentes, a aprovar a proposta do prefeito. Enquanto isso, os descontentes, cerca de 18%, demonstravam bastante irritação em razão dos problemas da categoria não serem discutidos mais profundamente.

Segundo as informações divulgadas pela imprensa local, foi apresentada uma proposta do prefeito que pode até representar um aumento médio de 10% nos salários, com variação para menor de quem recebe mais de R$ 2 mil por mês.

Sem muita discussão, foi submetida a voto a seguinte proposta: será concedido a todos o funcionalismo um auxílio nutricional de R$ 200,00 retroativo ao dia 1.º de janeiro deste ano, inclusive pagando os meses atrasados, com a incorporação do valor mensal aos salários a partir de 1.º de novembro.

Segundo consta, além desse aumento aprovado por mais de 80% dos presentes, a proposta inclui reajuste de 11% no auxílio alimentação e no auxílio assiduidade.