11 de agosto | 2024

Prefeitura paga o dobro por segurança mas Fefol tem brigas até entre agentes

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Contrato de segurança de R$ 127 mil para o Festival do Folclore gera insatisfação com portões fechados às 23h. O Festival do Folclore de Olímpia teve sua abertura oficial no sábado, 3 de agosto, e, segundo a prefeitura, o evento recebeu cerca de 30.000 pessoas nos primeiros dois dias.

Da Redação com Pod Pai e Filha, Olímpia Agora e Diário de Olímpia – No que deveria ser um dos festivais mais seguros e organizados dos últimos anos, o 60º Festival do Folclore de Olímpia (Fefol) tem enfrentado desafios inesperados e gerado polêmicas entre os frequentadores e moradores da cidade.

O evento, tradicionalmente um ponto alto do calendário cultural da cidade, teve uma reviravolta no último domingo, 4 de agosto, quando os portões foram fechados às 23h, impedindo a entrada de novos visitantes, sob a justificativa de garantir a segurança dentro do recinto.

TOX SEGURANÇA

A segurança do evento, este ano, ficou a cargo da empresa TOX Segurança Ltda, com sede em Bom Jesus dos Perdões, uma cidade situada a cerca de 420 quilômetros de Olímpia, terra natal de assessor do prefeito.

Esta contratação chamou a atenção pelo aumento significativo no valor investido pela prefeitura de Olímpia, que elevou o custo da segurança em 170% em comparação ao ano anterior.

No total, foram contratadas aproximadamente 800 diárias de agentes de segurança, com uma carga horária de 12 horas cada, ao custo de R$ 127.500,00. Em contraste, na edição anterior, uma empresa de São José do Rio Preto venceu o pregão eletrônico com uma oferta de 200 diárias por R$ 51.000,00.

SEGURANÇA MAIS CARA E PIOR

O elevado gasto com segurança gerou questionamentos entre os vereadores da cidade, que anunciaram a intenção de analisar os documentos relacionados à contratação e possivelmente pedir explicações ao Executivo municipal.

Mesmo com o maior investimento, a percepção do público não refletiu um aumento significativo no número de agentes de segurança no evento. Segundo relatos, não foi possível notar a presença ostensiva de seguranças privados no recinto, embora houvesse um reforço considerável das forças policiais, como a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia Militar.

PORTÕES FECHADOS POR ELEVADO NÚMERO DE BRIGAS

A decisão de fechar os portões do festival às 23h foi justificada pela organização como uma medida de segurança, devido a várias ocorrências de brigas e situações envolvendo menores de idade. A medida, contudo, gerou insatisfação entre os frequentadores, especialmente os que trabalham até tarde e não puderam entrar no recinto após esse horário.

O fechamento antecipado dos portões também trouxe prejuízos aos concessionários das barracas, que dependem do fluxo de pessoas para suas vendas.

AGENTES BRIGAM E UM ALEGA FURTO

Além dos problemas com o fechamento dos portões, o evento também foi marcado por um incidente envolvendo funcionários da empresa de segurança contratada. Na noite do domingo um vigilante do Rio de Janeiro, Douglas NFS, de 31 anos, relatou ter sido agredido por um supervisor da empresa TOX Segurança.

Segundo o relato de Douglas, o supervisor RC, de 38 anos, o abordou para discutir sobre seu trabalho, resultando em uma briga que culminou no furto de R$ 1.000,00 do vigilante.

A situação escalou quando Douglas exigiu a devolução do dinheiro e foi agredido fisicamente pelo supervisor. O conflito foi interrompido por outro funcionário, mas a tensão continuou durante a viagem de retorno dos vigilantes para Barretos, onde Douglas foi novamente agredido por outros colegas de trabalho. O caso foi registrado na delegacia de Barretos.

NÃO PARA OS MORADORES?

Nas redes sociais, moradores e visitantes expressaram sua insatisfação com a gestão do evento. Um dos pontos mais comentados foi a dificuldade de acesso ao recinto do folclore, principalmente para aqueles que trabalham até tarde e não puderam participar das festividades. A crítica também foi direcionada ao elevado custo das barracas e à percepção de que o evento, cada vez mais, se afasta dos interesses dos moradores locais.

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