23 de janeiro | 2012

Prefeitura não dá apoio e perde empresa de 24 empregos

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Além de uma empresa com faturamento mensal de aproximadamente R$ 300 mil, Olímpia está perdendo 24 postos de trabalho. Isto porque a Prefeitura se negou a ajudar a empresa Carmaço
Reservatórios, instalada na cidade desde abril de 2005. A informação foi confirmada na quinta-feira desta semana, dia 19, pelo empresário Carlos Tenório Martins.


Atualmente ainda instalada na Rua Bela Vista, número 295, no Jardim Bela Vista, uma espécie de bairro industrial localizado à margem da Rodovia de Acesso Wilquem Manoel Neves, que liga a cidade à Rodovia Assis Chateaubriand, SP-425, no conhecido popularmente por “Trevo do Minerva”, por causa da empresa que ali estava instalada e também deixou a cidade por falta de um entendimento com a Prefeitura.


A empresa, segundo conta Carlos Tenório Martins, está instalada em uma área de 10 mil metros quadrados que contém um galpão de 2,4 mil metros quadrados para a produção. São 24 funcionários, entre homens e mulheres, com capacidade produtiva de 60 toneladas/mês.


O carro chefe da empresa é a fabricação de caixas d´água, bebedouros para gado, tanques pipa, tanques para carreta agrícola, bebedouro e reservatório australiano. “Além de prestar serviço para à usina Guarani, em várias unidades deles e também em outros tomadores de serviço deles”, explica o empresário.


A decisão de deixar Olímpia veio por causa das dificuldades que Tenório Martins encontrou para trocar de endereço. O local onde a empresa está instalada é alugado e o proprietário pediu que saísse alegando “uso próprio”. “Ele me deu um tempo para que eu conseguisse outro local para a instalação”, explicou.


No entanto, foi ai que surgiu a falta de apoio da Prefeitura Municipal de Olímpia. Ele conta que chegou a procurar o vereador Primo José Álvaro Gerolim pedindo ajuda, quando o proprietário pediu que deixasse o imóvel. “Disse a ele que precisaria mudar daqui e ele disse que conversaria com o prefeito, que através do seu assessor, viesse conversar com a gente e levantar qual era a nossa real necessidade de espaço físico e de instalação”, conta.


ASSESSORIA OFERECE
ÁREA MENOR

Martins informou que esse assessor do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, realmente esteve na empresa e até demonstrou interesse que permanecesse em Olímpia. “Porém, a área que me foi oferecida era muito pequena, de apenas mil ou dois mil metros quadrados, e isso é inferior ao tamanho do galpão”, lamenta. “Dado essa impossibilidade de ter essa área cedida, mesmo vendida pela Prefeitura, nós optamos por procurar outro município que pudesse nos dar algum benefício ou que pudesse pelo menos nos acolher por volta de Rio Preto”, acrescentou.


E continuou: “Como nós precisamos de 10 mil metros quadrados no mínimo, nós não encaixaríamos no perfil da empresa que precisavam para ocupar o distrito”, justificou.


A saída é definitiva, segundo conta o empresário. “Não tem mais jeito, acabei comprando uma propriedade em Cedral, às margens da rodovia Washington Luiz, e o prédio já está 70% pronto. Nós somos muito pequenos para manter duas empresas. A situação hoje é irreversível, nós vamos para lá. É uma questão de só terminar as obras”, informou.


A Carmaço iniciou as atividades em Olímpia  no ano de 2005, primeiro ano do mandato do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro, para fazer terceirização de produção da indústria metalúrgica, terceirizando a fabricação de caixas d´água e carretas agrícola.


Porém, a partir de 2009, já no mandato de Geninho, a empresa deixou parte da terceirização e começou a trabalhar sua marca e a fabricar os seus produtos.


“Hoje nós já estamos em 9 estados brasileiros, desde o Rio Grande do Sul, até o Pará. Então, o nome Carmaço e o nome de Olímpia tem se expandido nos últimos três ou quatro anos, levando a marca da empresa e o nome do município”, finaliza.

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