Ao ser questionado sobre a situação financeira da Santa Casa da Estância Turística de Olímpia, o prefeito Fernando Augusto Cunha reclamou da falta de transparência na administração do hospital e pediu a ‘cabeça’, literalmente, da provedora da instituição, Luzia Cristina Contim. O prefeito reclama que há seis meses aproximadamente não está recebendo informações sobre a situação da dívida, mas que sempre tem recebido pedidos de mais dinheiro.

“Eu não sei qual é a situação da Santa Casa. Não sou informado. Já falei aqui uma vez que não tem transparência. Estou cansado disso. Eu recebia mais informações do Mon­tini (antigo provedor) do que estou recebendo agora. Só vem a mim com dívida e pedindo mais dinheiro. Ou ela (Luzia Con­tim) toca a Santa Ca­sa do jeito que quiser e não me peça dinheiro ou ela pega o boné e vai para casa. Ai, eu pego e enfrento”, disse durante entrevista que concedeu na sexta-feira desta semana, dia 8, para o jornalista José Antônio Arantes, âncora do programa Cidade em Destaque, que é levado ao ar diariamente às 11 horas, pela rádio Cidade FM.

Ao ser perguntado do porque essas afirmações e se não tinha sido ele, Cunha a convidá-la para ocupar o posto de provedora, o prefeito disse: “a provedora foi colocada lá a convite meu e ela está traindo a minha confiança. Essa é a verdade”, disse. No entanto, diz que não pode interferir diretamente na permanência dela ou não: “Ela que peça demissão. Eu não posso tirar. Eu desconvido ela a deixar a Santa Casa no ar, aqui. Ou ela dá transparência ou não peça dinheiro para a prefeitura”.

“Só vem me trazer dívida? Quem fez essa dívida? Porquê? Se é a Prefeitura que vai ter que pagar eu tenho o dever de fiscalizar onde está indo esse dinheiro. A Santa Casa não presta conta há seis meses”, denuncia.

Mas se a situação já é bastante ruim, pode piorar ainda mais. Embora não tenha afirmado taxativamente, Fernando Cunha deixa entender que poderia até deixar de repassar os recursos que passa. “Nós estamos negociando com a Santa Casa de Barretos para uma contratualização para a gente pagar R$ 50 mil por mês, para ter um pouco mais de atendimento. Para a Santa Casa de Olímpia estamos pagando R$ 300 mil por mês”, contou o prefeito. Outra questão que entende como negativa colocada por Cunha, é que não aprova a forma de investimento escolhida por Luzia Contim. “Tem que aumentar a enfermaria na Santa Casa. Não adianta gastar com particular. Acho que eles estão numa diretriz errada. Reforma para aumentar a enfermaria e vamos brigar para aumentar os leitos do SUS”, avisa o prefeito.

Fernando Cunha justifica que o faturamento com internações particulares é pequeno porque, todo mundo que tem condições financeiras procura por hospitais em São José do Rio Preto. “O particular não vai na Santa Casa”, resumiu.