20 de julho | 2014

Prefeito não cumpre promessa e moradores voltam a fazer protesto

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Depois de aproximadamente seis meses aguardando o cumprimento das promessas que fez em seu gabinete, mas não cumprindo na totalidade, pelo menos, no início da noite da quarta-feira, dia 16, o prefeito Eugênio José Zuliani volta a ser alvo de protestos de moradores do Jardim Santa Ifi­gê­nia, na zona norte de Olím­pia. Mais uma vez a manifestação foi comandada por Ismael Barbosa, que é conhecido popularmente por Neguinho Ismael (foto).

Desta feita, cerca de 20 moradores do bairro espalharam 200 cruzes, aproximadamente, e velas pelo Estádio Municipal Afredo Ta­kahashi, conhecido por Campo do Olimpinha, em sinal de protestos contra o abandono do local por parte do poder público.

“Essas cruzes e velas simbolizam talentos enterrados aqui no Santa Ifigênia, não digo no campo Olim­pinha, mas no Santa Ifigênia. Há anos que não surge um talento em Olímpia ou no Santa Ifigênia. Há anos que esse campo está abandonado”, comentou Ismael Barbosa

O problema maior está relacionado a uma promessa feita pelo prefeito há aproximadamente seis meses, quando as manifestações chegaram ao ponto de atearem fogo em pneus. Naquela oportunidade, Neguinho Ismael chegou a ser detido pela polícia.

Como se recorda, durante uma reunião dos moradores no gabinete do prefeito eles receberam a promessa que os problemas seriam sanados e que o Campo do Olim­pinha receberia mais atenção, inclusive com a construção de uma creche.

POUCAS REIVINDICAÇÕES ATENDIDAS

No entanto, o prefeito cumpriu pouca coisa do que foi prometido e agora Neguinho Ismael tem inclusive dificuldade para fazer funcionar uma escolinha de futebol. “A gente tem uma escolinha, a gente dá aulas voluntariamente, mas a gente sa­be, a gente vê essas crianças iludidas, elas dizem que não querem perder um treino”, contou demonstrando muita desilusão.

De acordo com ele, atualmente o local sofre com a falta de segurança, situação que permite que o local vire um verdadeiro depósito de entulhos e, pode até ser que receba um pouco de lixo doméstico também.

“Com certeza, é bem isso. Foi feita uma reforma e não é fazer uma reforma, é manter as coisas em dia. A nossa casa, é assim. Se não varrer, todo dia, devagar­zi­nho vai ter um montão de entulho”, afirma.

Neguinho afirma que existe a associação de bairro que pode a­judar a cuidar, desde que o local receba os cuidados necessários.

“Por isso que essa ideia não foi só de uma pessoa. A gente se une e conversa, troca ideias e vê o que pode ser feito. Então, essa ideia de simbolizar talentos mortos de um lugar esquecido, abandonado totalmente. Eu queria te oferecer uma água aqui no campo e não tenho”, reclama.

Na reunião com o prefeito, segundo Neguinho, foram colocadas várias reivindicações, inclusive a do campo, mas pouca coisa foi atendida. “Principalmente ela, u­ma das primeiras respostas, a gente levou várias reivindicações, ele parou e disse: olha o campo do Olimpinha é prioridade minha”. Isso, segundo ele, há exatos seis meses.

Mas nada foi realizado: “ainda ele fez a gente mentir para toda a Santa Ifigênia. A gente desceu do gabinete da prefeitura com uma ilusão de que ia ser construída u­ma creche no campo do Olimpi­nha, a gente pregou para a Santa Ifigênia inteira, que ia ser cons­tru­ída uma creche que iria dar oportunidade para as mães trabalharem nessa creche, as crianças bem estabilizadas.”

“Então, a gente veio com essa ideia lá de cima e pregou para to­da a Santa Ifigênia. Aí agora, no mês passado, ele desmentiu isso. A gente ficou com carão, ou seja, a gente passou por mentiroso, E a gente mais uma vez acreditou nessa ideia, porque não é mau para ninguém”.

Também segundo Neguinho Ismael contou, no mês de junho o prefeito falou “lamento muito, mas não vai dá para construir essa creche”. “Então, ele fez a gente mentir para a população. E o duro que não foi ele que veio falar, foi gente que levou essa notícia. Então a gente passa por mentiroso”.

“Fomos atendidos, em relação ao postinho de saúde, hoje tem uma médica ali, que fica o dia todo, reduziu muito as reclamações, a gente ouve reclamações de que não tem remédios”, conta.

Mas o atendimento, segundo ele reforça, “todo mundo que sai de lá, sai elogiando a médica. Ela deu conta de criar uma amizade com essas mães que frequentam o atendimento, mas remédio não tem, falta o básico do básico”.

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