13 de abril | 2009

Prefeito elege o DAEMO como o setor mais carente do município

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As faltas de planejamento e de informações, principalmente nas secretarias, além da sujeira que encontrou na cidade, surpreenderam ao prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, quando assumiu a administração do município de Olímpia. Ele reclama que as informações ficaram restritas a cargos em comissão que, até se especializaram, mas não deixaram os avanços registrados para o futuro comando dos trabalhos. No entanto, elegeu o DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia) como o setor mais carente do município.

Ao comentar as questões, ele falou inicialmente que não encontrou nada planejado, o que deveria ter sido pensado pela administração anterior, que quando saísse, alguém assumiria o comando da cidade. "Temos que entender que estamos numa equipe e que outro prefeito virá. Nós chegamos aqui e não encontramos absolutamente nada na Secretaria do Planejamento para que nós pudéssemos dar continuidade", reclama.

Até por isso, explica, teve que modificar alguns projetos que tinha e buscar um profissional da área para poder recomeçar a planejar Olímpia. Geninho disse que tem um plano de governo, mas que agora vai ter um plano de ação dentro do plano de governo.

"Esse plano de ação pode até vir alterar o plano de governo, porque foi debatido dentro de um grupo político e agora temos que debater a necessidade completa e vamos rever alguns planos, para ver se é isso realmente que a sociedade quer", explica.

Depois falou da sujeira que encontrou na cidade, lamentando que o período de Natal e Ano Novo de 2008 foi de completo abandono: "Encontramos a cidade com mato de 1,5 metro a 2 metros de altura em todas as avenidas". Segundo ele, foram retirados mais de 600 caminhões de lixo, galho e entulhos da cidade: "Depois das eleições foi (a cidade) entregue ao Deus dará".

A outra queixa, entre as mais críticas dos problemas que encontrou, foi a centralização das informações nos cargos em comissão. Para Geninho "isso é para acabar com qualquer tipo de administração, tanto pública, quanto privada.

"O detentor do conhecimento geralmente é humano, estuda, faz seu planejamento, busca conhecimento, pesquisa e passa a deter essas informações, mas sim deixar como linha de segmento futuro. "A partir do momento que faz, não pode levar para casa e tem que deixar aos próximos administradores dar seqüência", reforça.

Por isso, ressalta que não há comissionados ocupando cargos, como, por exemplo, chefia de Recursos Humanos, chefe de compras e vários outros cargos como no passado: "resolvemos valorizar o funcionário efetivo".

 

Mais carente

De acordo com Geninho, há vários setores que precisam melhorar, como a Saúde, a Educação, o Trânsito, o Turismo, mas o que coloca como emergencial são as questões do lixo e do tratamento de esgoto, ambos primordiais para obter o status de estância turística. Para tanto, há de cumprir o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público, ainda em 2009.

As instalações do DAEMO, que considera precárias, principalmente na ETA (Estação de Tratamento de Água), do Jardim Toledo: "não tem manutenção há mais de 20 anos e está com as caixas d’água com rachaduras, podendo entrar em colapso e a cidade ficar sem água mais de 6 meses, a qualquer momento".

A Estação de Captação do Jardim São José, que abastece 40% da cidade, de acordo com Geninho, também, está em situação precária: "uma qualidade de água que não supre as necessidades das leis federais e estamos com diversos poços profundos que não são interligados, causando grandes problemas ao município".

O prefeito estima que necessita de aproximadamente R$ 12 milhões de reais para investimento no DAEMO: "Hoje temos R$ 2 milhões em caixa e uma ETA praticamente entrando em colapso. Imagina uma cidade sem água por seis meses até recuperar?".

Por outro lado, considera apenas a Secretaria de Educação como bem estruturada. Em relação à de Planejamento, relata que tem dois funcionários e apenas um guardinha: "eles não têm um desenhista".

"Chegamos em janeiro e não tínhamos uma pessoa responsável pelo meio-ambiente, tive que nomear uma assessor de gabinete como responsável. Estava ali no fundo onde na gestão passada fizeram uma churrasqueira e estamos transformando em salas de trabalho", acrescenta.

 

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