17 de agosto | 2008

Prédio da Coopercrédito é vendido por R$ 370 mil

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O prédio da Cooperativa de Crédito Popular (Coopercrédito) de Olímpia, leiloado na quarta-feira desta semana, dia 13, com autorização do Banco Central (BC) do Brasil, foi arrematado pelo valor do lance mínimo, que era R$ 370 mil. Embora pudessem ser apresentados lances pelo sistema on line, ou seja, via internet, o edifício foi arrematado em lance único, por pessoa que estava na platéia, às 16h42:31.

No entanto, até o fechamento desta edição ainda não se tinha informação oficial de quem seria o autor do lance e, consequentemente, o comprador do prédio comercial, localizado na rua Nove de Julho, em Olímpia, que tem dois pavimentos com área construída de 291,17 metros quadrados e terreno de 275,50 metros quadrados.

O pagamento deverá ser feito somente à vista, com 20% a título de sinal e o saldo em até cinco dias úteis a contar a partir da data do leilão. O leilão presencial autorizado pelo Banco Central (BC) foi realizado pela Milan Leilões, dirigido pelo leiloeiro Ronaldo Milan, no quilômetro 20 da rodovia Raposo Tavares, em São Paulo.

De acordo com o liquidante da Coopercrédito, Valdor Fácio, parte do dinheiro deverá ser usada para manter o caixa para continuar a acionar devedores cobrando um crédito em torno de R$ 5,5 milhões, para conseguir saldar a dívida de R$ 4 milhões.

Entretanto, o valor conseguido com a venda, segundo Fácio, é insuficiente para rateio entre todos os credores, que serão pagos à medida que os devedores devolverem o dinheiro que tomaram emprestado da instituição financeira. De acordo com Fácio, o prédio foi leiloado para evitar uma deterioração maior.

A Cooperativa, criada em 1959, foi liquidada extrajudicialmente pelo BC em abril de 2004, por insuficiência de recursos para cobrir créditos de liquidação. O Banco entendeu que a crise da Coopercrédito é resultado de uma má gestão administrativa e da realização de operações de crédito arriscadas.

As operações, segundo o BC, concentraram nas mãos de 27 pessoas uma parte elevada dos depósitos de mais de 3,6 mil cooperados. O dinheiro arrecadado com a venda será depositado, segundo o liquidante, em uma aplicação financeira e parte poderá ser usada para rateio entre os credores, caso seja decretada judicialmente a falência da Coooperativa.

Pedido de falência
A inadimplência dos beneficiados com os empréstimos teria causado a insolvência da instituição. Em maio de 2005 foi feito pedido de falência da Cooperativa de Crédito à 2ª Vara de Olímpia, que foi negado em primeira instância. O liquidante recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo e aguarda a decretação da falência.

Inicialmente, Valdor Fácio divulgou que o prédio pertencente à instituição financeira foi avaliado e deveria ser leiloado pelo valor de R$ 330 mil, o que era um pouco superior a uma avaliação extra-oficial entre R$ 280 mil e R$ 300 mil.

 

 

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