06 de setembro | 2015

Porteiro denuncia preconceito racial em empresa de Olímpia

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Um porteiro de 30 anos registrou boletim de ocorrência na delegacia de polícia, denunciando ter sido vítima de preconceito racial durante exercício de suas atividades profissionais em uma empresa de Olímpia. Ele afirma ter sido chamado de “macaco” e que tudo está gravado pelas câmaras de monitoramento do local.

O registro policial aconteceu na noite da última quinta-feira, quando o porteiro declarou na delegacia que exerce a função de monitoramento das imagens nas dependências da empresa em que trabalha, avaliando os acontecimentos havidos em todo o perímetro, tanto afetos a clientes, quanto a funcionários.

Conta que dentre as normas da empresa está a proibição de praticar qualquer comércio paralelo entre funcionários durante a jornada de trabalho. Pelas imagens, constatou que três funcionárias estavam manuseando bijuterias, denunciando o provável comércio para seus superiores.

Relatou o porteiro, que como já era final do expediente existe a orientação para concentrar o monitoramento nas áreas de caixas. Foi quando observou a imagem de um funcionário do caixa olhando diretamente para a câmera de monito­ra­mento do setor, proferindo a palavra “macaco”.

Em seguida, com a autorização de seus superiores teve acesso aos arquivos de áudio onde foi resgatada a gravação, onde o funcionário acusado teria dito “como uma pessoa desse tipo pode subir de cargo”; “quer saber se um macaco sabe voar…de asas a ele”; “é você mesmo, macaco”.

Todo o material gravado em pendrive foi apresentado na delegacia de Olímpia para averiguação.

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