28 de setembro | 2024

Por que há outros candidatos do mesmo partido que querem a cabeça de Alessandra Bueno?

Compartilhe:

Candidata enfrenta processos judiciais que podem anular sua campanha, gerando pressão interna no partido para que desista da disputa e evite prejuízos eleitorais. O caso está sub judice e ainda aguarda decisão final no TSE, mas outros candidatos temem que seus votos sejam invalidados.

Alessandra Bueno, ex-vereadora e atualmente candidata à reeleição, está no centro de uma polêmica que pode comprometer sua campanha e prejudicar o desempenho eleitoral do partido ao qual pertence. Durante o podcast Pod Pai e Filha, apresentado por Bruna e José Antônio Arantes, foi revelado que a candidatura de Alessandra corre o risco de ser anulada devido a pendências judiciais decorrentes da cassação de seu mandato anterior. O cenário tem gerado apreensão dentro de seu grupo político, com alguns candidatos do mesmo partido pedindo que Alessandra desista da disputa para evitar que os votos destinados a ela sejam invalidados.

PROCESSOS JUDICIAIS E O RISCO DE ANULAÇÃO DA CANDIDATURA

Alessandra enfrenta uma longa batalha jurídica desde que teve seu mandato de vereadora cassado pela Câmara Municipal. Segundo as regras eleitorais, uma cassação que não tenha sido revertida por decisão judicial pode ser motivo suficiente para o indeferimento do registro de candidatura. Ao tentar concorrer novamente, Alessandra apresentou os documentos exigidos pela Justiça Eleitoral, incluindo certidões criminais e cíveis. No entanto, a juíza eleitoral responsável pelo caso indeferiu seu registro, apontando que a cassação ainda estava válida e não havia sido suspensa por nenhum tribunal.

Apesar dessa decisão inicial, Alessandra recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo. No entanto, o TRE manteve o entendimento da juíza e negou novamente o pedido de registro de sua candidatura. A ex-vereadora, então, decidiu levar a questão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), última instância para casos eleitorais.

TRIBUNAIS SUPERIORES E A PRESSÃO POLÍTICA

No TSE, Alessandra solicitou uma liminar para continuar sua campanha enquanto o tribunal não emitisse uma decisão final. Porém, o ministro relator do caso negou o pedido de liminar, indicando que, em sua visão, não havia motivos suficientes para autorizar a candidatura. O processo seguiu para manifestação do Ministério Público Eleitoral, que também foi contrário ao deferimento da candidatura.

A partir desse momento, a candidatura de Alessandra, apesar de continuar sub judice, começa a ficar mais próxima de um desfecho negativo, ou seja, até que a questão seja resolvida, sua participação nas eleições é permitida, mas seus votos podem ser invalidados se o TSE confirmar a decisão de indeferimento. Ou seja, mesmo que Alessandra seja votada, existe um risco real de que esses votos não sejam contabilizados.

RISCO DE PERDA ELEITORAL PREOCUPA CANDIDATOS DO PARTIDO

Esse cenário tem gerado grande preocupação entre outros candidatos do partido de Alessandra. Eles temem que os votos que seriam destinados à candidata possam ser perdidos, prejudicando o desempenho do partido como um todo nas eleições.

Para evitar esse risco, alguns integrantes do grupo político estão pressionando para que Alessandra desista da candidatura. A ideia é que, sem ela na disputa, os eleitores do partido possam concentrar seus votos em outros candidatos, evitando a perda de votos importantes caso a candidatura de Alessandra seja de fato anulada.

PRÓXIMOS PASSOS E POSSÍVEL RECURSO AO STF

Ainda existe a possibilidade de que Alessandra recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF) se o TSE confirmar a anulação de sua candidatura. No entanto, conforme explicado no podcast Pod Pai e Filha, o STF não julga o mérito de nenhum processo, limitando-se a analisar possíveis inconstitucionalidades, no caso, apenas o de registro de candidatura e não a cassação pela Câmara de Vereadores.

Isso significa que, mesmo que Alessandra leve o caso à Suprema Corte, a chance de reverter a cassação de sua candidatura é mínima, uma vez que o tribunal não se envolve em decisões relacionadas à Câmara Municipal.

O futuro político de Alessandra Bueno permanece incerto, e a expectativa é de que o TSE emita uma decisão final nos próximos dias. Enquanto isso, a pressão interna no partido só aumenta, com candidatos temendo que o risco jurídico da ex-vereadora prejudique o desempenho da legenda nas urnas.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas